Nicolas Blancho |
The Local Ch, 21 de setembro de 2017
Procuradores federais suíços trouxeram acusações contra membros e líderes da maior organização islâmica do país em uma investigação criminal sobre propaganda jihadista.
A mídia suíça informou nesta quinta-feira que o presidente e os dois membros do conselho diretor do Conselho Islâmico da Suíça (CIEC) foram acusados de violar a proibição de propaganda de grupos terroristas, que incluem a Al-Qaeda e o Estado Islâmico (ISIS).
Os três foram nomeados como sendo Nicolas Blancho, presidente da CIEC, Naim Cherni, e Qaasim llli.
Em um comunicado, o escritório do procurador-geral da Suíça acusou os membros do CIEC de fazer vídeos na Síria entre setembro e outubro de 2015 com um dos líderes da Al-Qaeda.
O material de vídeo mais tarde foi usado para fins de propaganda, de acordo com a acusação, sendo mostrado em plataformas de vídeo online, incluindo o YouTube.
Promotores suíços confiscaram as filmagens em dezembro de 2015 e pediram ao YouTube para retirar os vídeos do ar.
Ao mesmo tempo, eles abriram uma investigação contra um membro do conselho do CIEC, Cherni por violar a proibição de fazer propaganda de organizações terroristas.
No final de 2016, os promotores expandiram sua investigação para incluir Blancho e llli.
Blancho, que se converteu ao Islamismo aos 16 anos, no passado negou ter laços com o extremismo, porém ele expôs posições consideradas ainda mais radicais do que a dos outros líderes muçulmanos na Suíça.
O conselho já havia dito que os vídeos de Cherni feitos na Síria não tinha “nada a ver com a Al-Qaeda” e que foram destinados a sensibilizar os muçulmanos sobre o conflito no país.
Em um e-mail à AFP, llli disse ao procurador-geral que foi “pego em uma onda de islamofobia que está tentando difamar a maior organização de profissão islâmica da Suíça por meio de suas alegações fabricadas”.
Ele disse que o CIEC tinha cerca de 4.000 membros, representando cerca de 1% dos muçulmanos na Suíça.
A acusação do CIEC é de que cerca de 60 casos relacionados aos jihadistas, na realidade não passa de uma perseguição feita pelo procurador-geral suíço.
Se forem condenados, os membros do conselho podem enfrentar até cinco anos de prisão.
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