DN, 22 de setembro de 2017
Carrie DeKlyen sofria de uma forma agressiva de cancro cerebral mas decidiu não avançar com os tratamentos de quimioterapia para poder continuar a gestação. Mas Life Lynn viria a morrer às duas semanas
Carrie DeKlyen, mãe de cinco natural de Wyoming, EUA, sofria de uma forma agressiva de cancro cerebral quando descobriu que estava grávida de oito semanas, em março.
Os médicos deram à mulher de 37 anos duas hipóteses: ou prolongava a sua vida através de tratamentos de quimioterapia, o que iria colocar termo à gravidez, ou poderia manter o bebé, assinando assim a sua própria sentença de morte.
Carrie e Nick DeKlyen optaram por ter a criança, o sexto filho do casal.
Às 19 semanas de gravidez, Carrie teve um acidente vascular cerebral, sofrendo danos cerebrais significativos. Os médicos garantiram ao marido que fariam o possível para manter a gravidez, deixando durante as semanas seguintes Carrie ligada a uma máquina de respiração e a um tubo de alimentação.
A 6 de setembro, nasceu de cesariana uma menina, batizada Life Lynn. Mas na passada terça-feira, Life viria a morrer, apenas com 14 dias de vida.
A morte da criança foi anunciada esta quinta-feira na pagina de Facebook do casal: "É com grande tristeza e um coração completamente destroçado que informo que Life Lynn morreu ontem à noite. Carrie agora está com a sua menina agora. Não tenho explicação para isto ter acontecido, mas sei que Jesus nos ama e que algum dia saberemos o porquê. A tristeza que sentimos é insuportável, por favor rezem pela nossa família", podia ler-se na publicação.
Em declarações ao The Detroit News, citadas pelo The Washington Post, Nick revelou que Lynn quase morrera no mesmo dia em que o funeral de Carrie se realizou. A criança registava baixos níveis de oxigênio.
No inicio do mês, Nick respondeu às criticas que questionavam a decisão do casal de decidir continuar com a gravidez a favor da vida de Carrie: "Ela desistiu da vida pela bebé. Eu só quero que as pessoas saibam que a minha mulher ama o Senhor [Jesus]. Ela amava os seus filhos. Ela colocou alguém na frente das suas próprias necessidades. Ela colocou a minha filha acima de si mesma", afirmou.
Após o nascimento de Lynn, "fui ter com o cirurgião e disse que a minha mulher já tinha sofrido o suficiente. Ela passou por tanta dor nos últimos meses", afirmou Nick.
Carrie viveu poucos minutos após os médicos lhe terem retirado os tubos que lhe garantiam suporte de vida.
"Estive ao seu lado o tempo todo. Agarrei a sua mão e beijei-a, dizendo-lhe que ele tinha feito bem. Disse que a amava e que a voltaria a ver no céu", adiantou ainda o marido.
Agora, Nick, de 39 anos, está em dificuldades pois teve de vender a sua empresa de máquinas de venda automática e não disponha neste momento de uma fonte de rendimento.
Uma página para angariação de fundos para a família foi entretanto disponibilizada.
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