Euronews, 17 de julho de 2017
Numa Turquia em forte tensão, o parlamento prolongou por três meses o estado de emergência
A medida foi votada no dia em que centenas de pessoas se confrontaram com a polícia nas ruas de Diyarbakır, no sudeste do país, durante uma manifestação da Confederação dos Sindicatos da Função Pública (KESK), em protesto pela demissão de milhares de trabalhadores do sector público, afetados pela purga do regime.
No parlamento, dominado pelo AKP, o partido do presidente Recep Tayyip Erdogan, a medida passou sem grande dificuldade. Os deputados do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) justificam-na:
“Não queremos viver em estado de emergência, não procuramos isso. Contudo temos problemas e para evitá-los, a bem da nação e de forma a garantir o respeito da lei, pensamos que o estado de emergência tem que continuar enquanto continuar a luta contra o terror”, afirma o deputado, Bulent Turan.
Para a oposição, “o presidente Erdogan escuda-se no estado de emergência e transforma a tentativa de golpe por parte dos 'Fetulatistas' em oportunidade. E está a utilizar o estado de emergência como uma ditadura”. “É por isso”,afirma, Aytug Atici, deputado do Partido Republicano, “que pensamos que o estado de emergência tem que acabar”.
A decisão foi tomada no dia a seguir ao aniversário da tentativa de golpe de estado ocorrida a 16 de julho de 2016. É a quarta vez que é prolongado. O presidente já avisou que só será levantado “quando tiverem desaparecido todos os distúrbios”.
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