Euronews, 18 de julho de 2017
Por Pedro Sacadura
Em nome da independência e da soberania, Nicolás Maduro assegurou que a convocatória de uma Assembleia Nacional Constituinte é para manter. A partir do Palácio Presidencial, o chefe de Estado da Venezuela reagiu aos apelos de suspensão do processo por parte da União Europeia e disse, a plenos pulmões, que a Venezuela não recebe instruções.
“Esta segunda-feira foi Federica Mogherini, a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, a dar ordens ao Governo da Venezuela. Insolente. (…) A Venezuela é um país livre e soberano. Ninguém dará ordens porque na Venezuela são os venezuelanos quem manda. Federica Mogherini equivocaste-te com o país. A Venezuela não é uma colónia da União Europeia”, contra-atacou Maduro.
Presidente @NicolásMaduro: “Hoy salió Federica Mogherini, canciller de la UE a darle órdenes al gobierno de Venezuela: ¡insolente!” pic.twitter.com/ndkDlnUvjD— Prensa Presidencial (@PresidencialVen) 17 de julho de 2017
Depois de conseguir um voto massivo contra as eleições para a Assembleia Constituinte, através de um referendo simbólico realizado este domingo, a oposição venezuelana convocou uma greve para a próxima quinta-feira, para pressionar Maduro a recuar.
“Convocamos todo o país a realizar esta quinta-feira, em protesto massivo e sem violência, uma greve cívica nacional ativa de 24 horas como mecanismo de pressão”, apelou Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento.
Ojo: Paro Cívico del jueves NO puede ser solo empresarios. El país es de todos y TODOS debemos garantizar que se paralice Vzla el jueves— Freddy Guevara (@FreddyGuevaraC) 17 de julho de 2017
Guevara anunciou ainda que esta quarta-feira os partidos da coligação opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) assinarão um compromisso para formar um futuro “Governo de unidade nacional.” Se o Governo voltar atrás na convocatória da eleição de 30 de julho estará aberta a via do diálogo.
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