Euronews, 22 de maio de 2017.
A Turquia começou a julgar, esta segunda-feira, mais de 200 militares, acusados de participarem no golpe falhado de Julho.
No banco dos réus, dezenas de generais, coronéis e majores do exército, incorrem na pena perpétua, pela morte de 240 pessoas durante a tentativa de golpe militar.
Os oficiais desfilaram frente a uma multidão em fúria, antes de entrarem na sala do tribunal, nos arredores de Ancara.
Um manifestante, Kerim Surer, afirma:
“Estamos aqui para afirmar que queremos a pena capital para estes golpistas, queremos que estes traidores tenham a pena que merecem”.
Outro manifestante, Ehmet Yaman, afirma:
“Estou aqui para ajustar contas com os terroristas, para mostrar que apoio o meu povo, a minha bandeira e a minha religião. Mostrar que vamos resistir face aos terroristas”.
O processo surge após a “purga” lançada pelo governo que levou à detenção ou despedimento de mais de 100 mil pessoas por alegadas ligações ao terrorismo e ao movimento de Fetulah Gulen, acusado de conspirar contra o governo.
Uma perseguição denunciada pela organização Amnistia Internacional, que fala de detenções arbitrárias e de aniquilação profissional, uma vez que os suspeitos são proibidos de voltar a trabalhar, assim como de emigrar do país.
A polícia tinha detido, esta manhã, dois professores, visados pela “purga” e que se encontravam em greve de fome, desde o seu despedimento, há 10 semanas.
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