Euronews, 09-10 de janeiro de 2017.
Por Ricardo Figueira.
Os Festejos do Dia Nacional da República Srpska, ou República Sérvia da Bósnia, desenrolaram-se debaixo de muita polémica. A República é uma das duas entidades que constituem a Bósnia-Herzegovina. Embora o território não tenha estatuto de Estado independente, os festejos nacionais são vistos como uma provocação. O presidente Milorad Dodik falou numa possível secessão: “A decisão da República Srpska de defender o estatuto segundo os acordos de paz de Dayton é inabalável. Se isso não funcionar, ninguém nos vai obrigar a permanecer neste país (Bósnia)”, disse.
O dia foi marcado por uma parada militar na capital do território, Banja Luka. A 9 de janeiro de 1992 a República Srpska declarou a independência, o que desencadeou a guerra da Bósnia. Uma guerra que teve como maior tragédia o massacre de Srebrenica em 1995. Kada Hotic é dirigente da associação “mães de Srebrenica e Zepa”: “Aqueles que celebram o 9 de janeiro não têm vergonha, nem mostram arrependimento. Pelo contrário, estão orgulhosos. Fiquei em Srebrenica sem os meus entes queridos, sem nenhum membro masculino da família, sem o meu bairro e sem trabalho”, disse.
Com os acordos de Dayton em 1995, a República Srpska renunciou à independência e aceitou integrar-se na Bósnia-Herzegovina. No entanto, a tensão com as etnias bósnia muçulmana e croata nunca desapareceu.
— 🇷🇸 Бели Лав (@SerbskiBeliLav) 9 de janeiro de 2017
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