LifeSiteNews, 02-03 de dezembro de 2016.
Por Steve Weatherbe.
Kamloops, BC, 02 de dezembro de 2016 (LifeSiteNews) – Uma mulher que afogou o seu bebê recém-nascido para que pudesse chegar a um exame na Universidade Thompson Rivers, em Kamploops, recebeu apenas dois anos de prisão condicional de um juiz simpático [ao seu caso] do tribunal provincial porque ele alegou que o bebê era o resultado de uma agressão sexual.
“Você dificilmente pode até chamar isso de uma bofetada no pulso”, disse Jack Fonseca da Campaign Life Coalition. “As mesmas desculpas usadas para justificar o aborto estão agora a ser aplicadas para justificar o assassinato de crianças após o nascimento. Eu acho que pode-se dizer que este juiz está descriminalizando o assassinato de crianças através da porta dos fundos, por precedentes.”.
O promotor público, Will Burrows, disse ao tribunal que Courtney Saul, agora com 19 anos, deu à luz a um bebê, que ela chamou de George Carlos, na manhã de 15 de novembro no banheiro de seu apartamento no porão, em Kamloops. “Ela segurou o bebê por algum tempo, mas ela teve um exame naquele dia. Porque ela tinha o exame, não sabia o que fazer. Ela finalmente decidiu que deveria afogar o bebê. Ela fez isso na pia e, em seguida, foi fazer o seu exame”.
Mas primeiro ela colocou o corpo em uma caixa, a caixa em uma mochila e a mochila no porta-malas de seu carro, com a intenção de enterrá-lo em sua cidade natal de Lillooet. Mas três semanas depois, ela emprestou o carro a um amigo que se envolveu em uma batida com o seu carro, quando o cadáver de George Carlos foi descoberto pela polícia.
Saul confessou à polícia, admitindo que ela não sabia que estava grávida até o meio do estágio de gravidez, e alegou que deve ter sido o resultado de uma agressão sexual enquanto ela estava morta de bêbada em uma festa.
Saul foi acusado pela primeira vez por infanticídio, depois de homicídio de segundo grau, mas foi reduzido mais tarde para infanticídio, que se aplica quando a mãe tem uma “mente perturbada”. O que pode acarretar a até cinco anos de prisão.
Na sentença, o juiz Len Marchand observou que Saul estava com remorso, mas chamou o que ela fez de “um ato abominável e que foi infligido a uma pessoa vulnerável e completamente desamparada”.
Por outro lado, ele disse que o crime foi atenuado por sua falta de antecedentes criminais e pela maneira como ficou grávida.
Seu advogado de defesa admitiu que foi “uma tragédia em todos os sentidos da palavra”, mas afirmou que ela “Não é um risco para ninguém”. “Em termos de punição, não há castigo maior do que a culpa e o remorso que se sente”, disse o advogado.
“Nós estamos rapidamente progredindo para um admirável mundo novo de abortos pós-parto”, disse Fonsenca da Campaign Life Coalition. “Eu suspeito que é muito provável que a senhorita Saul tenha sido tão doutrinada na cultura liberal de mídia para aceitar o aborto, que ela realmente não viu uma diferença moral entre o assassinato pós-parto ilegal e o assassinato legal antes do nascimento.”.
“Essa sentença é doentia”, continuou ele. “A aceitação social do aborto está levando à aceitação do infanticídio, tanto em indivíduos como essa jovem de BC, quanto do juiz que a deixou livre, assim como em todo o resto da sociedade, graças ao poder do ensino da lei”.
A lei do infanticídio – ou a maneira como foi interpretada pelos tribunais – tem atraído críticas do procurador-geral de Alberta e do governo progressista-conservador anterior. Ele alega que a cláusula de “mente perturbada”, forneceu uma brecha muito ampla para as mulheres que matam os seus recém-nascidos desde de que foi pedido à Suprema Corte do Canadá para que a definisse.
Em 2011, o tribunal de apelações de Alberta suspendeu uma sentença de três anos dada a uma mulher por matar o seu bebê recém-nascido no banheiro do porão da casa dos seus pais em 2005. No interim, ela foi condenada por assassinato, mas ambos os julgamentos foram derrubados. A segunda vez em que o assassinato foi reduzido a infanticídio, a juíza de apelação justificou a decisão citando a simpatia que os canadenses sentiam pelas mulheres jovens com uma gravidez inesperada, como demonstrado pela aprovação do aborto.
“Embora muitos canadenses, sem dúvida, veem o aborto como uma solução pouco ideal para o sexo desprotegido e a gravidez indesejada, eles geralmente entendem, e aceitam e simpatizam com as demandas onerosas de gravidez e parto exato das mães especialmente mães sem apoio”, escreveu a juíza Joanne Velt. “Naturalmente, os canadenses sofrem com a morte de um bebê, especialmente nas mãos da mãe da criança, mas os canadenses também sofrem pela mãe”.
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