Membros do Rússia Unida e do FPO. |
The Local At, 19/12/2016
O Partido da Liberdade de "extrema-direita" da Áustria, disse ter assinado um “pacto de cooperação” com o partido do presidente russo Vladimir Putin, que está cortejando movimentos “populistas” em toda a Europa, em uma campanha anti-União Europeia.
O líder do FPO, Heinz-Christian Strache, assinou um acordo de cinco anos com altos funcionários do Rússia Unida durante uma viagem à Rússia, onde também renovou as suas críticas às sanções internacionais contra Moscou.
“O objetivo é trabalhar em conjunto em vários níveis, desde as alas partidárias da juventude através de agências regionais até questões internacionais”, disse o eurocético do FPO em comunicado.
Strache também reiterou o seu apelo para o levantamento “das sanções internacionais prejudiciais e inúteis” contra a Rússia por sua anexação da península da Crimeia em 2014.
O partido Rússia Unida, entretanto, confirmou que as partes concordam em organizar “consultas regulares” e organizar “conferências, seminários e mesas redondas”.
“Há antigas relações culturais e econômicas entre a Áustria e a Rússia”, disse o oficial do partido, Sergey Zheleznyak, em um comunicado.
“Precisamos reforçar as ligações entre os nossos partidos e países, inclusive no campo da segurança internacional... e valores tradicionais”.
Fotos postadas por Strache em sua página no Facebook mostram ele e Zheleznyak assinando um pedaço de papel tendo com pano de fundo as bandeiras de seus respectivos partidos.
Também participou Norbert Hofer, candidato presidencial do FPO, que não conseguiu se tornar o primeiro chefe de estado da “extrema-direita” da União Europeia, depois de perder no segundo turno em 04 de dezembro.
Apesar da derrota, Hofer conseguiu 46,2% dos votos – o melhor resultado do FPO até agora.
O resultado é um novo impulso para o partido anti-imigração, que já está liderando as pesquisas de opinião das próximas eleições gerais programadas para 2018.
O FPO é um dos vários grupos europeus “populistas” e eurocéticos que procuram laços mais estreitos com a Rússia, incluindo a Frente Nacional [FN] na França, o Jobbik na Hungria e o Syriza na Grécia.
Os eurocéticos em toda a Europa foram impulsionados pela chocante votação da Grã-Bretanha em junho para deixar a União Europeia de 28 nações, que nesta segunda-feira estendeu as sanções econômicas contra à Rússia por mais seis meses pela sua intervenção militar na Ucrânia.
Moscou também se beneficiou da recente ascensão dos grupos “populistas” de ambos os lados do Atlântico.
Um admirador aberto de Putin, o presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump, nomeou recentemente como secretário de Estado o magnata petrolífero Rex Tillerson, que também admitiu ter “uma relação muito estreita” com o líder russo.
Nota do editor
Se você até essa altura acha que esta notícia não tem relevância, ou traz alguns exageros, eu sugiro que nem leia essa nota. Embora a notícia seja vinculada ao The Local, portal evidentemente pró-estamento, isso não significa que todas as notícias trazidas por meio dele sejam axiomas de rótulos e adjetivos típicos de esquerda. Faço uso de aspas quando aludem ao termo “extrema-direita”, porque percebi que ao usarem tais termos, o fazem com quaisquer grupos que façam alusão a diminuição, ou a cessação das políticas migratórias liberais, ou políticas liberais em si, por isso, eu, particularmente, prefiro usar aspas, mesmo não estando no original. O mesmo se dá para "Populismo", um termo cujo significado é cabível e aplicável só no esquerdismo, mas que eles "ternamente" preferem "doar" aos adversários políticos. Mesmo assim, não significa que tais partidos ou figuras políticas [de direita] sejam santas por receberem rótulos pejorativos sobre suas políticas e posições culturais, só porque a esquerda política assim o quer, de modo a afastar as pessoas desses componentes políticos, e seus ideais políticos, que muitas das vezes confundem-se com os meus, por exemplo,Imigração liberal e aborto, como sendo execráveis, para mim são ideais compartilhados que reconheço no partido FPO. No entanto, não reconheço na fala dos tais que a Rússia é um país exemplo por emular tais valores e que se tornou base para eles. Bem pelo contrário: acho que quem acredita nisso é tolo demais.A respeito de Donald Trump, eu poderia mencionar essa questão, mas o foco nesse momento é o FPO, um partido que nunca endossei, mesmo quando foi favorito nas eleições austríacas, até pela desconfiança concernente à Rússia. Embora seja eufemismo da minha parte dizer “desconfiança”, visto que eu já conhecia os interesses escusos do FPO por fazer parte do EFDD, (Grupo da Europa da Liberdade e Democracia Direta), no qual congrega partidos claramente pró-Rússia como o FN de Marine Le Pen, e o AfD, que eu já expus de maneira bastante clara em alguns prólogos, e em um podcast, que pode ser ouvido. Essa é famosa ascensão às avessas a que me referi a alguns leitores das redes sociais em off. Não se enganem, e não se precipitem sobre se há uma direita política na Europa. Procurem pesquisar melhor o que são e o que apoiam. Se você sabe que é ruim uma situação onde uma direita política está apoiando tipos como Vladimir Putin, e ainda assim a quer apoiar, então eu sinto muito por você, pois está cometendo um erro deliberado, e sendo hipócrita, apoiando grupos que apoiam um regime que invade, mata populações estrangeiras, e reprime oposições em seu próprio país. Conservadores, sim, hipócritas, nunca!
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