The Local SC, 09 de setembro de 2016.
Empresas suecas irão enfrentar sanções se elas não conseguirem ter uma representação feminina de 40% em seus conselhos administrativos, de acordo com uma nova proposta legislativa apresentada pelo governo.
Caso seja aprovado pelo parlamento, a lei entrará em vigor no próximo ano. E a partir de 2019 as empresas serão multadas em até 250.000 coroas e cinco milhões de coroas suecas (29,400-$ 590,000), se menos de 40% de seus conselhos não forem compostos de mulheres. As regras serão aplicadas a 280 empresas listadas e cerca de 50 empresas estatais.
“Você não pode continuar falando sobre isso ano após anos sem realmente fazer”, disse o Ministro de Empresa e Inovação Mikael Damberg da coalizão governante social democrata verde na sexta-feira.
A Suécia foi acusada no ano passado de não fazer jus a sua reputação como um dos países com maior igualdade de gênero do mundo, com a maioria dos professores de sexo masculino no ensino superior e membros do parlamento.
“Tem havido alguma melhoria, em torno de 32% [dos membros do conselho] que são agora mulheres. Mas as coisas estão se movendo muito lentamente”, disse Damberg a agência de notícias sueca TT.
Ele também disse que também dar às mulheres mais poder no ápice das empresas foi uma boa estratégia empresarial.
“É tanto uma questão de competitividade como de igualdade. A Suécia tem de ser capaz de usar todas as suas habilidades”, disse ele.
Ainda não está claro se a centro-esquerda irá reunir apoio suficiente para conseguir com que a nova proposta de lei seja aprovada pelo parlamento. O Partido de Esquerda é a única parte que foi longe o bastante para apoiar quotas de gênero.
O anúncio de sexta-feira vem uma semana depois que a Suécia alcançou um objetivo de longo prazo que “namorava” faz tempo, desde 1988, com as mulheres agora ocupando todas as outras posições nos conselhos de agências governamentais. [ É, estou vendo!].
No ano passado, a Suécia ficou em primeiro lugar em um ranking YouGov de atitudes em relação à igualdade de gênero entre 24 nações, com 72% dos suecos pesquisados respondendo positivamente a perguntas sobre o equilíbrio de gênero.
O primeiro-ministro Stefan Lofven, entretanto, tem previamente se vangloriou de ter um gabinete “feminista”, com 24 posições compartilhadas igualmente entre os sexos.
A proporção de mulheres na Suécia nos conselhos ainda está muito à frente da média da União Europeia, de 23,3%.
Em 2012, a Comissão Europeia estabeleceu uma meta de 40%, conforme [as quotas] aplicável a 5.000 grandes empresas cotadas na União Europeia. Se espera que o objetivo deva ser alcançado em 2020 no setor privado e em 2018 em empresas de propriedade pública.
O objetivo não é aplicável a pequenas e médias empresas com menos de 250 trabalhadores e um volume de negócios mundial inferior a 50 milhões de euros – ou para empresas não cotadas. [Sorte delas].
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