Euronews, 09 de setembro de 2016
A polícia francesa afirma ter evitado um atentado iminente, depois de ter detido esta noite três mulheres, a sul de Paris, uma das quais aparentemente ligada ao grupo Estado Islâmico.
Uma das mulheres teria ferido um polícia com uma faca, no momento da operação, na região de Essone, antes de ser alvejada pela polícia.
Uma testemunha afirma:
“Vi uma primeira mulher a correr, que tentou esfaquear um polícia. O polícia afastou-se e disparou várias balas sobre ela. Ouvimos os tiros e depois a polícia prendeu a primeira mulher, depois outra que tentava fugir para a estação e finalmente a terceira mulher”.
Segundo fontes citadas pela imprensa francesa, as três mulheres estariam a preparar um atentado contra a estação da Gare de Lyon em Paris.
“Estas três mulheres de 39, 23 e 19 anos de idade, radicalizadas, fanatizadas, preparavam novas ações violentas de forma iminente”, segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.
As três mulheres teriam sido localizadas no quadro do inquérito à viatura com botijas de gás, descoberta na noite de sábado, perto da catedral de Notre-Dame, na capital francesa.
Fontes policiais francesas afirmam que o projeto de atentado teria como objetivo vingar a morte do porta-voz do grupo Estado Islâmico, Abou Mohammed Al-Adnani, morto em finais de Agosto, na sequência de um bombardeamento na Síria.
A mulher alvejada pela polícia, identificada como Ines Madani, de 19 anos, teria ligações à esposa do autor do atentado contra um supermercado judeu em Paris, em Janeiro do ano passado.
A polícia teria apreendido um documento com a reivindicação de um atentado, na posse de Madani, assim como uma carta de despedida endereçada à família.
O procurador francês, François Mollins, confirma ter sido encontrada na carteira de uma das três mulheres detidas nos arredores de Paris uma carta a prestar vassalagem ao autoproclamado Estado Islâmico.
A carteira pertencia a Ines Madani, filha do dono do carro carregado de gás encontrado no centro de Paris.
A jovem, de 19 anos, foi baleada e ferida durante a detenção, depois de ter atacado um agente com uma faca.
Segundo Mollins, as mulheres seguiram as ordens da organização extremista. Os investigadores encontraram ainda “na carteira de Inês M. um documento onde prestava vassalagem ao grupo Estado Islâmico e ao porta-voz Abou Mohammed Al-Adnani [morto em finais de Agosto, na sequência de um bombardeamento na Síria]. Na carta estava escrito: respondendo ao apelo de Al-Adnani, ataca-vos na vossa terra, para marcar os vossos espíritos e aterrorizar-vos”.
O carro foi encontrado no fim de semana, abandonado a cerca de 250 metros da catedral de Notre Dame.
No interior estavam sete botijas de gás, uma delas vazia. Nenhum engenho de detonação foi encontrado.
A polícia francesa afirma ter evitado um atentado iminente.
Fontes citadas pela imprensa francesa revelam que as três mulheres estariam a preparar um atentado contra a estação da Gare de Lyon em Paris.
The main suspect in the case of a car found in #Paris packed with gas cylinders had sworn allegiance to #ISIS: AFP— ANI (@ANI_news) 9 de setembro de 2016
No último ano e meio, mais de 200 pessoas foram mortas em atentados terroristas em França.
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