27 de set. de 2016

Sérvia – o "conflito” de, Dodik VS “o mundo” pode se arrastar da Sérvia à Rússia





B92, 27 de setembro de 2016. 



O referendo de domingo na RS “ameaça fortalecer o confronto entre a comunidade internacional e o Presidente da RS Milorad Dodik”.

A Sérvia e a Rússia poderiam estar arrastando este conflito, escreve o jornal Kommersant com sede em Moscou, conforme relatado pela agência Beta. 

Notando que o referendo foi realizado apesar da proibição do Tribunal Constitucional da Bósnia-Herzegovina, e o jornal disse que a comunidade internacional “não considera o feriado do Dia da RS legal e tem medo que, assim os bósnios muçulmanos usem o referendo como desculpa para seguir com outro, na RS, para deixar a Bósnia-Herzegovina.”

O artigo diz ainda que Dodik somente fortaleceu esses medos, “conclamando para que a RS torne-se um estado independente após este referendo, e não descartando a possibilidade de um referendo de independência.” 

O jornal avalia que a comunidade internacional se viu em uma situação complicada, porque não se pode ignorar o referendo, enquanto “punir fortemente a RS” só iria aumentar a tensão na região. 

Além disso, o artigo cita interlocutores não identificados em Sarajevo, dizendo que “a possibilidade mais realista é isolar Dodik e apoiar os adversários menos radicais dentro da República Sérvia.” 

Se esse plano for realizado, a Sérvia e a Rússia, com quem cuja ajuda Dodik conta, poderia ser arrastada para o confronto entre a comunidade internacional e o presidente da RS”, disse o jornal. 

De acordo com isto, Moscou está evitando fornecer a Dodik o seu apoio incondicional, “considerando que o Kremlin emitiu apenas uma breve declaração após a recente reunião de Putin com Dodik, que não menciona o referendo ou um apoio a ele.”

Isso pode significar que, depois de Belgrado, Moscou também optou por não entrar nas disputas diretas sobre o referendo na RS e as suas consequências, uma vez que apoiar Dodik significaria não só a obtenção de um novo motivo para brigar com o Ocidente, mas tomar uma posição pró-sérvia mais forte do que aquela tomada por si só sobre a Sérvia, como sua principal parceira nos Bálcãs”, disse Kommersant. 

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