20 de jun. de 2016

Pesquisas mostram que o bloco de esquerda da Espanha poderia conquistar maioria

Podemos (Podemos) líder Pablo Iglesias (C), da Izquierda Unida (Esquerda Unida) Alberto Garzon (L), e Monica Oltra 



Reuters UK, 19 de junho de 2016. 






Dois dos principais partidos de esquerda da Espanha poderiam chegar perto de conquistar uma maioria parlamentar combinada, apontam várias pesquisas de opinião neste domingo, uma semana antes da votação do país em sua segunda eleição em seis meses. 

A eleição de 26 de junho é esperada para produzir um resultado semelhante ao impasse de dezembro, quando a entrada de novas forças políticas terminaram com quatro décadas de um sistema de dois partidos [bipartidarismo] e nenhum partido obteve apoio o suficiente para governar sozinho. 


Divisões políticas e de liderança dividiram aliados potenciais dos quais seguiram negociações, e ainda melhor, mostrando a todos os candidatos de esquerda que suas chances de formar um governo aumentariam. 

O vácuo político da Espanha tem substancialmente inviabilizado uma economia que está em curso de crescer mais rapidamente do que a maioria dos países da zona do euro este ano, perto de 2,7%. O desemprego ainda paira em 21%, a segunda maior taxa na Europa, apesar de que os empregos estão voltando, e impulsionados em parte pelo boom do turismo. 

Mas políticos espanhóis se preocupam com um limbo prolongado que pode alienar ainda mais os eleitores, já que não se impressionaram com os seus esforços em não conseguir formar um governo, ao passo que a economia pode começar a sofrer se as reformas tão necessárias não forem feitas – isso poderá levar a derrocada do mercado de trabalho. [Ênfase]

Três pesquisas separadas publicadas no domingo descobriram que uma aliança de esquerda liderada pelo anti-austeridade dos iniciantes Podemos iria fazer grandes ganhos e viria numa segunda votação mais forte, somente atrás do Partido de “centro-direita”, o Partido Popular (PP), ultrapassando os socialistas (PSOE)

O Podemos, que ficou em terceiro lugar em dezembro, desde então, juntou-se a um primeiro grupo comunista para formar Unidos Podemos (“Junto nós podemos”) em uma tentativa de conseguir mais legisladores eleitos para a Câmara baixa com 350 assentos no Parlamento da Espanha. 

Graças ao forte apoio entre os pobres, com a crise na Espanha, o Unidos Podemos e os socialistas que se uniram puderam chegar muito mais perto do que fizeram na última vez em que atingiram a maioria absoluta dos 176 lugares, mostram as pesquisas. 

Os dois continuariam provavelmente precisando do apoio de partidos menores, no entanto, um dos vários obstáculos potenciais que os socialistas têm evitado é um acordo com forças pró-independência na região da Catalunha

Unidos Podemos ganharia entre 24,6% a 26% dos votos e entre 84 a 95 assentos parlamentares, de acordo com Metroscopia, Sigma Dos e GAD3, cujas pesquisas foram publicadas respectivamente em jornais como El Pais, El Mundo e ABC. 

Em dezembro, o Unidos Podemos ganhou 71 assentos e os seus ganhos provavelmente foram às custas dos socialistas, que são vistos como caindo para o terceiro lugar, entre 20 a 21,4% dos votos e entre 78 a 85 assentos, contra 90 da última vez. 

Espera-se que o PP do primeiro-ministro Mariano Rajoy, por sua vez, ganhe o maior apoio, aproximadamente entre 20 a 30,5% dos votos e 113 a 129 assentos. 

Mas o partido de “centro-direita” pode ainda ter de lutar para encontrar aliados suficientemente potentes para lhe permitir reter o poder, a menos que os socialistas mudem de rumo e ajudem a apoiar um governo de minoria guiado pelo PP. 

O liberal Ciudadanos (C's) (“cidadãos”) poderia lhe dar algo melhor em torno de 41 assentos, segundo mostram as pesquisas. 


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