Ministro dos Negócios Estrangeiros de Luxemburgo, Jean Asselborn dando uma entrevista numa conferência de imprensa após uma reunião de emergência sobre a crise migrante em Bruxelas, Bélgica, 09 de novembro de 2015.
Reuters UK, 19 de junho de 2016.
A saída da Grã-Bretanha da União Europeia pode desencadear ações semelhantes por outros Estados Membros da Europa Oriental, disse o Chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, em uma entrevista publicado por um jornal alemão no domingo.
A votação da Grã-Bretanha sobre a possibilidade de permanecer ou não no bloco de 28 membros está marcada para 23 de junho, uma escolha que poderá trazer consequências impactantes para o campo político, econômico, de defesa e de diplomacia no continente.
“Não se pode excluir que o Brexit leve a um efeito dominó na Europa Oriental”, disse Asselborn ao Tagesspiegel am Sonntag.
Isso é um “erro histórico” que o primeiro-ministro David Cameron não deveria ter sequer pensado, em chamar este referendo sobre a adesão da Grã Bretanha à União Europeia, acrescentou Asselborn. [Ênfase adicionada].
Mesmo que a Grã-Bretanha decida ficar na União Europeia, “isso não resolveria o problema que resulta na atitude negativa dos britânicos para com a União Europeia”, disse Asselborn.
Asselborn disse que às vezes tinha a impressão de que Cameron e o chefe e presidente em exercício do partido Lei e Justiça da Polônia (Pis), Jaroslaw Kaczynski, tinham um acordo secreto sobre a reversão da integração europeia.
“Ambos parecem ter a mesma agenda em relação à postura crítica em relação à União Europeia”, acrescentou.
Desde que ganhou as eleições do ano passado, o governo conservador eurocético da Polônia entrou em conflito com os reguladores da União Europeia sobre uma série de questões incluindo a liberdade de expressão e da democracia, bem como as questões de energia e meio ambiente.
A Polônia é a maior economia da ala oriental da União Europeia e o maior beneficiário dos fundos estruturais do bloco.
A Grã-Bretanha, por outro lado, está a transferir mais dinheiro a Bruxelas do que está recebendo, o que é um dos argumentos do campo para deixar o bloco na votação do Brexit na quinta-feira.
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