19 de jun. de 2016

"O Brexit poderia ter efeito dominó na Europa Oriental" – disse Jean Asselborn de Luxemburgo

Ministro dos Negócios Estrangeiros de Luxemburgo, Jean Asselborn dando uma entrevista numa conferência de imprensa após uma reunião de emergência sobre a crise migrante em Bruxelas, Bélgica, 09 de novembro de 2015.




Reuters UK, 19 de junho de 2016. 




A saída da Grã-Bretanha da União Europeia pode desencadear ações semelhantes por outros Estados Membros da Europa Oriental, disse o Chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, em uma entrevista publicado por um jornal alemão no domingo. 

A votação da Grã-Bretanha sobre a possibilidade de permanecer ou não no bloco de 28 membros está marcada para 23 de junho, uma escolha que poderá trazer consequências impactantes para o campo político, econômico, de defesa e de diplomacia no continente. 

“Não se pode excluir que o Brexit leve a um efeito dominó na Europa Oriental”, disse Asselborn ao Tagesspiegel am Sonntag

Isso é um “erro histórico” que o primeiro-ministro David Cameron não deveria ter sequer pensado, em chamar este referendo sobre a adesão da Grã Bretanha à União Europeia, acrescentou Asselborn. [Ênfase adicionada]. 

Mesmo que a Grã-Bretanha decida ficar na União Europeia, “isso não resolveria o problema que resulta na atitude negativa dos britânicos para com a União Europeia”, disse Asselborn. 

Asselborn disse que às vezes tinha a impressão de que Cameron e o chefe e presidente em exercício do partido Lei e Justiça da Polônia (Pis), Jaroslaw Kaczynski, tinham um acordo secreto sobre a reversão da integração europeia. 

“Ambos parecem ter a mesma agenda em relação à postura crítica em relação à União Europeia”, acrescentou. 

Desde que ganhou as eleições do ano passado, o governo conservador eurocético da Polônia entrou em conflito com os reguladores da União Europeia sobre uma série de questões incluindo a liberdade de expressão e da democracia, bem como as questões de energia e meio ambiente. 

A Polônia é a maior economia da ala oriental da União Europeia e o maior beneficiário dos fundos estruturais do bloco. 

A Grã-Bretanha, por outro lado, está a transferir mais dinheiro a Bruxelas do que está recebendo, o que é um dos argumentos do campo para deixar o bloco na votação do Brexit na quinta-feira.  


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