Euronews, 01 de junho de 2016.
Por Marcos Lemos/ Com REUTERS, AFP, EFE
“Absurdo”: é como o primeiro-ministro turco classifica o voto, previsto para esta quinta-feira, no Parlamento alemão, de uma resolução que reconhece o genocídio de mais de um milhão de arménios pelo Império Otomano, em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial.
Tal como o presidente Recep Tayyip Erdogan, Binali Yildirim, o chefe do governo, avisa que o reconhecimento do genocídio arménio irá prejudicar as relações bilaterais entre Ancara e Berlim, mas não irá comprometer o acordo com a União Europeia para a gestão da crise dos refugiados.
“Este voto é absurdo. É claro que as relações com a Alemanha vão ser prejudicadas. Não há qualquer dúvida sobre isso”, afirmou Yildirim.
Turkey: German Vote to Recognize Armenian Genocide Will Hurt Relations https://t.co/ME7gpL6JKi pic.twitter.com/THTFOyvxDe— Voice of America (@VOANews) 1 de junho de 2016
Os deputados alemães já receberam mesmo ameaças de morte por causa da resolução, mas para o líder parlamentar dos Verdes, “quem mostra coragem não são os membros do Parlamento (alemão), mas as pessoas que vivem na Turquia e que às vezes pagam com a vida o facto de falarem desta questão”, recordou Cem Ozdemir, filho de um casal turco que imigrou para a Alemanha nos anos 60 do século passado.
“Não matamos ninguém em particular, só defendemos o nosso país” responde parte da gigantesca comunidade turca na Alemanha, que tem protestado veementemente contra o reconhecimento do genocídio arménio.
A Turquia afirma que não houve nenhuma campanha organizada pelo Império Otomano para erradicar os cristãos arménios.
To understand why Turkey believes the killings of many thousands of Armenians did not constitute genocide, read this https://t.co/gllPAPIdzH— euronews (@euronews) 1 de junho de 2016
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