Autor: William F. Jasper
Forcing Change, Volume 4, Edição 11
Nota do Editor: Há anos que venho pensando em escrever uma exposição sobre a Internacional Socialista, uma organização guarda-chuva que reúne socialistas, protocomunistas e vários outros partidos políticos de base marxista. Embora a maioria das pessoas nunca tenha ouvido falar sobre a Internacional Socialista, ela é uma das maiores associações políticas que existe no mundo e exerce um papel-chave na promoção da governança global dentro da comunidade internacional.
Investiguei a Internacional Socialista pela primeira vez no fim dos anos 1990, quando o terceiro maior partido político do Canadá — o Novo Partido Democrático (NDP) — promoveu abertamente na Câmara dos Comuns a instituição de um tributo mundial e um governo mundial. Pouco tempo depois, a ideia de um tributo mundial foi colocada em votação e aprovada, tornando oficialmente o Canadá o primeiro país a instituir esse tributo. Essencialmente, quando o mundo adotar essa medida, o Canadá será o primeiro a se apresentar como um contribuinte global. (Veja Forcing Change, Vol. 1, Edição 8).
Ao tentar compreender a agenda do tributo global do NDP, descobri que o partido era um membro pleno da Internacional Socialista. Na verdade, ele era, e é, o único membro canadense da I. S. Para os leitores do meu país, isto pode parecer chocante — mas também explica a política externa e a agenda de bem-estar social promovida internamente por esse partido. Desde então, comecei a estudar e monitorar a Internacional Socialista e seu papel como criadora de tendências na governança global.
Portanto, quando encontrei este artigo escrito por William F. Jasper, aproveitei a oportunidade para compartilhá-lo com vocês. O autor fez um excelente trabalho de conectar a plataforma socialista/comunista da Internacional Socialista com os grandes acontecimentos atuais. Leia e depois releia todo o artigo. Assim, você terá uma compreensão de como o xadrez político global está sendo jogado. Além disso, acrescentei a lista completa dos partidos-membro da Internacional Socialista no fim desta edição de Forcing Change. Essa lista somente já diz muito. [NT: A lista não será incluída nesta tradução, mas o único partido brasileiro afiliado à I. S. é o PDT, Partido Democrático Trabalhista. (Só isso já é o bastante para sabermos qual a índole da Internacional Socialista)].
Governo mundial e socialismo mundial. Estes são os objetivos explícitos da Internacional Socialista (I. S.), uma das organizações mais influentes do mundo, mas que é virtualmente desconhecida pela vasta maioria das pessoas, pois é raramente mencionada na grande mídia.
Nas duas últimas semanas de dezembro de 2009 e durante todo o mês de janeiro de 2010, a matéria da manchete no alto da página inicial do sítio na Internet da Internacional Socialista falava com orgulho da influência e do poder político proeminentes da organização na Conferência Sobre Mudança Climática, promovida pela ONU em Copenhagen, na Dinamarca.
Entretanto, o curto artigo, intitulado "A IS na COP15 em Copenhagen: reafirmando as prioridades sociais e democráticas", não começa a fazer justiça ao papel central da Internacional Socialista, não somente em promover o atual alarmismo com relação ao aquecimento global, mas também em construir um lóbi ambientalista militante global desde 1970 até o presente. [Nota do Editor da Forcing Change: A Internacional Socialista foi influente em definir a agenda para as mais recentes conversações sobre o clima, promovidas pela ONU no México.]
A Internacional Socialista foi mais notavelmente representada em Copenhagem pelo seu presidente, George Papandreou, que também é o atual primeiro-ministro da Grécia. "Neste tempo, estamos observando o nascimento da governança global", Papandreou disse em seu discurso na Conferência da ONU, em 18 de dezembro de 2009. "Entretanto, precisamos concordar com uma obrigação e nos comprometer em efetivá-la", ele enfatizou.
Sabemos agora, é claro, que a discussão em Copenhagen fracassou em produzir um acordo vinculante para substituir os Protocolos de Kyoto, ou produzir as estruturas que a Internacional Socialista espera estabelecer dentro da Organização das Nações Unidas para transformá-la em um genuíno governo global. Entretanto, esse fracasso é visto pela Internacional Socialista como um revés temporário, que será corrigido nas confabulações anuais sobre mudança climática, como a continuação da Conferência de Copenhagen, realizada no México no fim de 2010.
Em seu congresso em Oslo, na Noruega, em 1962, a Internacional Socialista declarou claramente:
"O objetivo final dos partidos da Internacional Socialista é nada menos que o governo mundial... A participação como membro da Organização das Nações Unidas precisa ser universalizada."
A Internacional Socialista nunca se afastou desse objetivo, embora tenha suavizado sua retórica, adotando o termo menos ameaçador "governança global" para substituir suas propostas anteriores de um "governo mundial".
É importante manter isto em mente, pois os ex e atuais primeiros-ministros e presidentes que são membros da Internacional Socialista constituem um grande e influente contingente de líderes mundiais que aparecem de forma proeminente nos encontros de cúpula globais e regionais. Atualmente, a Internacional Socialista afirma ter 170 organizações e partidos políticos em todo o mundo, incluindo muitos que estão atualmente no poder e controlando governos nacionais.
Membros proeminentes da Internacional Socialista incluem os seguintes:
- Partido Trabalhista Britânico (Gordon Brown, primeiro-ministro);
- Partido Trabalhista Australiano (Kevin Rudd, primeiro-ministro);
- Congresso Nacional Africano, da África do Sul (Jacob Zuma, presidente);
- Partido dos Trabalhadores Socialistas, da Espanha (José Zapatero, presidente);
- Frente Sandinista de Libertação, da Nicarágua (Daniel Ortega, presidente);
- Organização Popular do Sudoeste da África, da Namíbia (Hifikepunye Lucas Pohamba, presidente);
- Partido Socialista Chileno (Michelle Bachelet, presidente) e
- Partido Nacional Democrata, do Egito (Hosni Mubarak, presidente).
Estes e outros partidos-membro da Internacional Socialista e seus líderes têm sido bastante claros em sua propostas por uma "governança global" para tratar aquilo que afirmam serem "crises globais" que não podem ser tratadas (eles dizem) no sistema atual de nações soberanas. Como o The New American reportou, os primeiros-ministros Gordon Brown e Kevin Rudd têm sido especialmente enfáticos, fazendo pronunciamentos histéricos sobre a suposta necessidade de uma governança da ONU para evitar o aquecimento global catastrófico.
Em um discurso em novembro de 2009, o primeiro-ministro australiano criticou os céticos do aquecimento global — incluindo respeitáveis cientistas e políticos — como "malignos negadores da mudança climática", que são "perigosos" e estão "mantendo o mundo como refém".
Como ministro da Fazenda durante o governo do primeiro-ministro Tony Blair e depois como primeiro-ministro, Gordon Brown propôs a transformação do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e das instituições formadas na Conferência de Bretton Woods (o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial) em um Conselho Econômico das Nações Unidas com força total, para complementar o Conselho de Segurança da ONU. Gordon Brown é membro da Sociedade Fabiana, a organização socialista britânica que serviu como modelo e incubadora para a Internacional Socialista. De fato, a sede mundial da I. S. em Londres e os escritórios da Sociedade Fabiana, também em Londres, são apenas duas mãos do mesmo corpo.
Em 16 de janeiro de 2010, Brown fez o discurso "Causas Pelas Quais Lutar" na Conferência de Ano Novo da Sociedade Fabiana. Ele já falou ao grupo diversas vezes. Embora os fabianos sejam normalmente apresentados como socialistas "moderados" e "democráticos", a verdade é que a Sociedade Fabiana tem sido uma aliada fundamental dos comunistas desde os tempos de Lenin até o presente, incluindo o fornecimento de ajuda especial para encobrir os crimes indizíveis de Josef Stálin.
Os Congressos da Internacional Socialista, bem como seus vários comitês e comissões, publicaram inúmeros relatórios e declarações ao longo dos anos, reiterando sua proposta de 1962 de um governo mundial e uma governança global. "Governança em uma Sociedade Global — A Abordagem Social-Democrata", emitido pelo XXII Congresso da Internacional Socialista em São Paulo, em 2003, é um bom exemplo. A declaração da Internacional Socialista no Encontro do Conselho de 2006, em Santiago, no Chile, que se reuniu sob o estandarte de "Governo, energia e mudança climática: novos horizontes para a paz" é outra.
O encontro em Santiago também forneceu a oportunidade para estabelecer a Comissão da Internacional Socialista para uma Sociedade Global Sustentável (SI-CSWS), que agora se associou com as Nações Unidas. Ricardo Lagos, da Internacional Socialista, e ex-presidente do Chile, é um dos co-presidentes da comissão, junto com Goran Persson, ex-primeiro-ministro da Suécia.
Lagos também foi indicado por Ban Ki-Moon, como Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU na Conferência Sobre o Clima.
"A governança global não é mais um conceito, mas uma necessidade urgente", declarou a Comissão em Santiago. Ela também disse:
"A política precisa ser global para garantir paz e estabilidade, para salvaguardar o meio ambiente, para gerar desenvolvimento e coesão social, para assegurar economias robustas que possam resistir às pressões especulativas e criar justiça e oportunidades para todos."
"Nenhuma outra questão ilustra melhor a natureza sem fronteiras e verdadeiramente global dos desafios que estão diante do mundo hoje, e a necessidade de apresentar respostas comuns, do que o aquecimento global e a mudança climática."
Verde, Rosa e Vermelho
Desde sua formação em 1951, a Internacional Socialista fez esforços cosméticos para se distanciar dos socialistas comunistas. Ela continua a fazer isso, temperando suas propostas de socialismo e de governança global com garantias de apoio aos princípios "democráticos'. Entretanto, sua "boa fé" democrática e sua suposta oposição ao socialismo totalitário estão tão surradas hoje como sempre estiveram.
Durante a Guerra Fria, a Internacional Socialista se alinhou com o terrorista comunista Yasser Arafat e sua OLP (Organização para a Libertação da Palestina), um dos principais instrumentos do terror da União Soviética. Ela também manteve boas relações fraternais com as ditaduras comunistas do Pacto de Varsóvia, da África e da América Latina. O regime de Fidel Castro, em Cuba, e o sandinista, na Nicarágua, se tornaram favoritos da Internacional Socialista.
Quando Gunther Guillaume, companheiro e assessor principal do chanceler alemão ocidental Willy Brandt, foi exposto como um agente comunista a serviço da KGB, da União Soviética, e da Stasi, da Alemanha Oriental, Brandt foi forçado a renunciar. A conexão Guillaume-KBG ajudou a explicar as incríveis posições políticas que Brandt estava tomando em alinhamento com Moscou e com o mundo comunista. Entretanto, as revelações sobre Brandt e a KGB não incomodaram os líderes da Internacional Socialista, que lhe permitiram continuar como o presidente da Internacional que mais tempo permaneceu no cargo.
Pouca coisa mudou aqui; comunistas e partidos comunistas "reformados" são bem-vindos com braços abertos e ocupam postos na hierarquia da Internacional Socialista. A mencionada Comissão da I. S. para uma Sociedade Global Sustentável é um caso em vista. Seus membros incluem Aleksander Kwasniewski, ex-presidente da Polônia, que era um membro obstinado do Partido Comunista até que se tornou conveniente mudar para o rótulo de "reforma". O mesmo se aplica ao membro da CSWS Sergei Mironov, que pertenceu ao aparato do Partido Comunista da União Soviética e que permanece um sólido apoiador do principal homem da KGB, o ex-primeiro-ministro Vladimir Putin.
Outro garoto-propaganda da Internacional Socialista é Sergei Stanishev, primeiro-ministro da Bulgária e presidente do Partido Socialista Búlgaro (chamado anteriormente de Partido Comunista Búlgaro). Ainda outro é Ayza Mutallibov, ex-ditador comunista da República Soviética do Azerbaijão. Logicamente, devemos mencionar outra vez o presidente nicaraguense Daniel Ortega, pois seu regime comunista sandinista tem algumas conexões especiais com a Internacional Socialista.
Talvez um dos ex-membros mais importantes da CSWS seja Carol Browner, ex-administradora da Agência de Proteção Ambiental dos EUA durante o governo Bill Clinton, que atualmente é diretora do Gabinete da Casa Branca Para Energia e Política Sobre Mudança Climática, no governo Obama. Por alguma razão, nenhum jornalista da grande mídia achou importante questionar Browner ou o presidente Obama sobre a participação dela como membro e em atividades nessa comissão da Internacional Socialista.
Um dos mais importantes vínculos entre a Internacional Socialista e o regime sandinista é a pessoa do ex-membro da Junta Sandinista, Miguel D'Escoto, que agora tem assento como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas. Como reportamos em um artigo publicado em junho de 2009, intitulado "O Plano Marxista da ONU para o Governo Global", a Comissão de Especialistas Sobre Reformas dos Sistemas Monetário e Financeiro Internacionais da ONU foi presidida por Joseph Stiglitz, que também é simultaneamente presidente da Comissão da Internacional Socialista Sobre as Questões Financeiras Globais.
O livro de Spiglitz, The Roaring Nineties, publicado em 2003, foi descrito pela agência de notícias econômicas Bloomberg News como "uma pedra fundamental no projeto de Barack Obama para remodelar a economia dos EUA."
Stiglitz, que recebeu o Prêmio Nobel em Economia, "foi mentor de diversos membros da equipe econômica de Obama, incluindo o diretor de Orçamento, Peter Orszag, 40, e Jason Furman, 38, vice-diretor do Conselho Econômico Nacional", de acordo com a Bloomberg.
Em sua autobiografia, intitulada Dreams From My Father (Sonhos de Meu Pai), Barack Obama escreve sobre as "conferências socialistas das quais algumas vezes participei enquanto estudava na Universidade Colúmbia, na cidade de Nova York." Ele nunca explicou que impacto recebeu dessas conferências, e também nunca foi questionado sobre isso durante suas entrevistas com a grande mídia.
Joseph Stiglitz, o economista socialista e presidente da Comissão da Internacional Socialista, leciona agora na Universidade Colúmbia, e é mentor dos assessores que estão elaborando os planos de Obama para socializar virtualmente todos os setores da economia norte-americana. Além disso, a ex-comissária da Internacional Socialista, Carol Browner, chefia os esforços do governo para impor um esquema de controle regulatório sobre o povo americano que é mais ambicioso, intrusivo e potencialmente totalitário do que qualquer coisa que tenha sido imaginada pelos primeiros líderes socialistas, como Karl Marx, Vladimir Lenin, ou Mao Tsé-Tung: um plano global para controlar e regular toda a produção e consumo de energia e todas as emissões de dióxido de carbono.
"Cada vez que você respirar, ou cada vez que se mover, estaremos observando você."
Esta frase é parte da letra de uma famosa canção da banda de Rock britânica The Police. Se a Internacional Socialista, a ONU e o governo Obama conseguirem fazer o que querem, essa frase poderá ser colocada no hino da Polícia Verde Global.
De Davos a Porto Alegre
A Internacional Socialista serve como uma das pontes mais indispensáveis por meio da qual as elites globalistas transferem seus projetos para o governo mundial para os líderes empresarias e financeiros globais e para os líderes socialistas e comunistas de todo o mundo.
Esta importante função de ponte foi demonstrada durante a última semana de janeiro de 2010, quando líderes globalistas se reuniram para dois encontros de cúpula mundiais concorrentes — e supostamente opostos: O Fórum Econômico Mundial (FEM), em Davos, Suíça, e o Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, no Brasil.
As discussões em Davos são de longe as mais glamourosas dos dois eventos e, normalmente, têm como participantes os super-ricos (os nomes na lista incluem Rockefeller, Rothschild, Gates, Buffet, Soros e Branson), os politicamente conectados (nomes como Kissinger, Clinton, Greenspan, Bernanke, Summers, Sarkozi e Blair), celebridades do meio artístico (nomes como Pitt, Jolie, Bono e Gere). Cerca de 2.500 a 3.000 grandes empresários, magnatas, presidentes e potentados formam suas redes e confabulam no encontro de quatro dias mais esplendoroso do planeta.
O evento anual do Fórum Econômico Mundial representa, pode-se pensar, a reunião máxima dos senhores do capitalismo. Enquanto isso, o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, é uma aglomeração radical de cerca de 30 a 50 mil socialistas, comunistas, anarquistas, sindicalistas, marxistas, leninistas, trotskistas, maoístas, feministas, ativistas sociais e ambientalistas.
Deplorando a cobiça capitalista, o poder das grandes empresas e a globalização, os líderes do FSM propõem a construção de um novo sistema global baseado na "justiça social e no meio ambiente". Os heróis do FSM são Fidel Castro, Che Guevara, Hugo Chavez, Evo Morales, Daniel Ortega e Lula da Silva.
O jornalista Alan Clendenning, da agência Associated Press, reportou sobre o estilo de celebridade do presidente Lula da Silva no encontro deste ano do FSM. Ele escreveu:
"Ex-líder sindicalista radical, Luís Inácio Lula da Silva — conhecido por quase todos como Lula — foi saudado como um astro da música Rock pelos ativistas em um estádio esportivo, que cantavam "Lula, Lula, o guerreiro do povo brasileiro!"
"Ele recebeu mais saudações após prometer repreender os líderes mundiais e os banqueiros no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e dizer para eles que as políticas de livre mercado que promovem há décadas são culpadas pela difícil situação financeira mundial."
Lula, um líder e ativista de longa data do comunista Partido dos Trabalhadores, não somente é um fundador do FSM, mas também fundador (junto com Fidel Castro) do até mais radical Foro de São Paulo, que inclui entre suas organizações-membro a maioria dos partidos comunistas oficiais da América Latina, bem como notórias organizações terroristas. Entre os membros do Foro de São Paulo na lista de grupos terroristas compilada pelo Departamento de Estado dos EUA, estão os colombianos FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional), o peruano MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru), e o MIR chileno (Movimento da Esquerda Radical).
Pode parecer estranho para alguns observadores que o presidente Lula, um socialista radical, seja homenageado tanto no FEM quanto no FSM. Este ano, ele foi o primeiro chefe de Estado a receber o novo "Prêmio Estadista Global", do Fórum Econômico Mundial.
Infelizmente, devido a uma crise de pressão alta, e por recomendação médica, Lula foi forçado a enviar um representante para receber o prêmio em seu lugar e fazer seu discurso de "reprimenda" à assembleia em Davos. Como seus camaradas comunistas em Pequim, Lula frequentemente recebe premiações dos principais luminares dos mundos empresarial e financeiro, por suas políticas supostamente pró-capitalistas.
Entretanto, como os astutos chineses, Lula está meramente seguindo o programa de gradualismo paciente proposto pelos socialistas fabianos — e pelo próprio Lenin, que, em seu Novo Plano Econômico, alegremente fez parcerias com as grandes empresas ocidentais com o objetivo de usar o capitalismo para construir o comunismo, até o momento em que o comunismo for forte o suficiente para esmagar o capitalismo.
Lula não é um membro formal da Internacional Socialista, mas é um aliado. Ele recebeu como anfitrião o Congresso da I. S. no Brasil em 2003, e foi elogiado ali pelo seu presidente, George Papandreou. Além disso, líderes da I. S., como Papandreou, Zapatero, Zuma, Brown e Rudd — para citar apenas alguns — estiveram em Davos para promover a agenda socialista fabiana e globalista.
Da mesma forma, a chanceler alemã Angela Merkel não é um membro formal da I. S., porém no encontro de Davos deste ano, ela promoveu avidamente o programa socialista de seu colega britânico da I. S., Gordon Brown. Ela propôs uma remodelagem geral no sistema financeiro global e a elaboração de uma nova Carta que poderá até mesmo levar à criação de um Conselho Econômico da ONU, exatamente como o Conselho de Segurança foi criado após a Segunda Guerra Mundial."
"Salvaguardar o meio ambiente e reduzir a pobreza são princípios fundamentais que precisam ser inseridos em uma Carta da ordem econômica global que possa levar ao estabelecimento de um Conselho Econômico da ONU", Merkel disse no Fórum Econômico Mundial.
"O Homem de Davos", Também Conhecido como "Cidadão Global"
Embora o FEM e o FSM pareçam, pelo menos à primeira vista, serem opostos um ao outro na questão da globalização econômica, na realidade ambos estão levando adiante o globalismo, isto é, o desenvolvimento da ONU como um governo mundial todo-poderoso.
O "homem de Davos", diz David Rothkopf, em Superclass: The Global Power Elite and the World They Are Making (A Superclasse: A Elite Global do Poder e o Mundo Que Está Sendo Criado) representa "a ascensão de uma elite do poder global, uma superclasse, para a nova era global. O homem de Davos representa, diz Rothkopf, "o cidadão global, o líder para quem as fronteiras estão se tornando cada vez mais irrelevantes".
Rothkopf, que é ele mesmo um homem de Davos (presidente de uma firma de consultoria muito influente, a Garten Rothkopf, um ex-diretor-gerente da Kissinger Associates, um membro veterano do Conselho das Relações Internacionais (o CFR) e um participante frequente dos encontros do FEM, escreve:
"Estas elites globais cristalizaram uma tensão entre a ideia de quase 400 anos do Estado-nação como a unidade de definição da governança global, e a realidade emergente do mundo em que as nações estão não somente diminuindo em influência, mas também estão sendo superadas pelas necessidades transnacionais além de seu alcance e dos centros de poder transnacionais que fazem avançar as agendas internacionalistas ou supranacionais."
"Internacionalistas versus nacionalistas. Globalistas versus regionalistas. Uma batalha que não é a respeito da redistribuição da riqueza, mas a respeito da redistribuição da soberania e do poder."
Rothkopf não está sendo exatamente honesto nesta última frase acima; a batalha é de fato a respeito da redistribuição da riqueza — e também da soberania e do poder. Entretanto, não se trata de redistribuir a riqueza dos globalistas que se reúnem em Davos; trata-se de redistribuir a riqueza das classes médias produtivas nos países desenvolvidos para as classes políticas dos países em desenvolvimento escolhidos pelos globalistas.
Os veículos usados para redistribuir a riqueza são a ONU e seus agências, juntamente com várias agências de "ajuda" nacionais e regionais, bem como as ONGs (organizações não governamentais) que receberam a bênção da elite do poder globalista.
Fontes: Mídia Sem Máscara e Espada do Espírito.
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