4 de mai. de 2016

Suécia: Um Mendigo em Cada Esquina

GatestoneInstitute, 04 de maio de 2016. 







  • Nos últimos anos a Suécia foi inundada por mendigos ciganos da Romênia e Bulgária. Já há, segundo estimativa do governo, cerca de 4.000 mendigos ciganos na Suécia (cuja população é de 9,5 milhões de habitantes).
  • "Nós não enganamos ninguém. Estamos apenas nos beneficiando desta oportunidade". — Mendigo búlgaro na Suécia que disse ser "proprietário" de cinco esquinas.
  • "Se a mendicância for lucrativa eles continuarão miseráveis... Dar dinheiro acentua a gravidade da situação. E ao mesmo tempo contribui para que o problema maior se torne permanente; a miséria... Isso não ajudará os ciganos, apenas oferece uma oportunidade para você se sentir um boa praça". ... O conceito básico do racismo é precisamente este: nós ocidentais e suecos somos muito superiores (mais inteligentes) e os ciganos são inferiores (burros). Se isto... não é racismo, então eu não sei o que é. ... Poder-se-ia acrescentar que a imagem é invertida nos ciganos. Eles se consideram superiores e inteligentes, ao passo que os gadjo (não ciganos) são idiotas, ingênuos e crédulos". — Karl-Olov Arnstberg, etnólogo sueco.
  • "nossa veemente recomendação é a de não dar dinheiro aos mendigos. Isso transforma a mendicância em profissão... Dar esmola incentiva uma vida sem futuro; mudar de um país para o outro não irá resolver o problema deles". — Florin Ivanovici, diretor da organização de ajuda humanitária Life and Light Foundation, Bucareste, Romênia.

Ninguém sabe ao certo quantos eles são, mas o fato é que nos últimos anos a Suécia foi inundada de mendigos ciganos da Romênia e Bulgária. Em 2014, o jornal Sydsvenskan reportou que a estimativa era que havia no país 600 mendigos ciganos; alguns meses atrás, Martin Valfridsson, "Coordenador Nacional para Cidadãos Vulneráveis da União Européia", indicado pelo governo, constatou que já são cerca de 4.000.


É possível ver mendigos sentados nas portas de praticamente todas as lojas, não só nas grandes cidades, mas também nas pequenas aldeias rurais. No longínquo norte da Suécia, em postos de gasolina no meio do nada, clientes são interpelados por mendigos dizendo: "senhor, senhora!", esticando os braços com canecas de papel nas mãos.

Não faz muito tempo, considerava-se a mendicância erradicada na Suécia. Em 1964, a lei de 1847 contra a mendicância foi abolida; o estado de bem estar social, considerado de tal maneira abrangente, que já não havia mais pobres no país, portanto a lei se tornou obsoleta. Não havia mais porque mendigar. Aquelas pessoas que por alguma razão não podiam trabalhar e se sustentar recebiam a devida atenção e cuidados, através de diversos programas de assistência e bem-estar social. Os suecos criados nos anos 1960, 1970 e 1980 nunca tinham visto um mendigo de rua na Suécia.

Então, de repente, tudo mudou. Hoje, Estocolmo, Malmö e Gotemburgo estão entre as cidades com o maior número de mendigos per capita da Europa. Mais e mais pessoas sentem certo desconforto em relação aos mendigos, que às vezes são até agressivos.

As coisas começaram a mudar em 1995, quando uma reforma no sistema de assistência médica psiquiátrica resultou no fechamento de hospitais psiquiátricos e consequente alta dos pacientes. Esperava-se que pessoas que estavam internadas há muitos anos, de repente tivessem condições de cuidarem de si mesmas, apenas com um pequeno auxílio do governo em um sistema ambulatorial. A ideia era a de que era humilhante manter pessoas trancafiadas em hospitais ano após ano, muitas vezes, porém, a alternativa provou ser ainda pior. Muitos ex-pacientes psiquiátricos não conseguiram lidar com a vida do dia a dia fora dos hospitais e acabaram se tornando usuários de drogas, sem teto, mendigando nas ruas.

Dez anos mais tarde, veio a verdadeira avalanche de mendigos – ciganos da Romênia e Bulgária inundaram a Suécia. A Romênia e a Bulgária se tornaram membros da União Européia, consequentemente seus cidadãos passaram a poder permanecer em outro país da UE por três meses. De acordo com o regulamento, se depois de três meses não tivessem conseguido um emprego ou iniciado algum estudo, eles deveriam voltar para casa. Entretanto, como não há controle de fronteiras entre a Suécia e seus vizinhos, não há como saber quem permanece no país por mais do que três meses.

Um dos maiores defensores da aprovação do ingresso de países da Europa Oriental na União Européia foi o então Primeiro Ministro da Suécia Göran Persson. Quando a Presidência do Conselho da União Européia esteve pela primeira vez nas mãos da Suécia (de janeiro a junho de 2001), o Sr. Persson fez lobby em favor da expansão da UE. a Suécia tinha três objetivos: engrandecimento, emprego, meio ambiente. Essas três metas nortearam a presidência sueca.

Em 2004, Chipre, Estônia, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Eslováquia, Eslovênia, República Tcheca e Hungria ingressaram na União Européia. Três anos depois eles foram seguidos pela Bulgária e Romênia.

Em 2003, porém, Persson parecia estar temeroso ao perceber que a livre movimentação também poderia ser utilizada para o chamado "turismo benéfico"; movimento de pessoas dos recém admitidos estados membros, mais pobres, na UE, para estados membros já existentes, para se beneficiarem dos sistemas de bem-estar social em vez de trabalharem. Persson então sugeriu a adoção de critérios transicionais, antes que países menos prósperos como a Bulgária ou Romênia pudessem participar do esquema de livre movimentação. Em uma entrevista concedida à rádio estatal Dagens Eko em 2003, Persson ressaltou: "nós queremos livre movimentação de trabalho e não turismo benéfico. Não podemos ser simplistas aqui".

O Sr. Persson foi fortemente criticado por esta declaração e mais ou menos tachado de racista. Em um debate no Parlamento Sueco no início de 2004, Agne Hansson do Partido de Centro (Centerpartiet) salientou: "não chegou a hora... de se retratar no tocante à retórica sobre o turismo benéfico e a maneira de retratar as pessoas dos novos estados membros de aproveitadores"?

Lars Ohly, então líder do Partido de Esquerda (Vänsterpartiet), ressaltou: "não iremos falar sobre o turismo benéfico. Não iremos falar sobre pessoas de modo a discriminá-las comparando-as aos cidadãos dos atuais estados da União Européias. Esta é uma forma de jogar mais lenha na fogueira da xenofobia e do racismo".

Um pouco mais de uma década mais tarde, a previsão de Göran Persson se tornou realidade. Os mendigos romenos e búlgaros já exigem que seus filhos tenham permissão de frequentar as escolas da Suécia. Eles também se aproveitam da assistência médica gratuita da Suécia e alguns dentistas até lhes oferecem assistência odontológica gratuita. Em 2014, um Tribunal Administrativo determinou que mendigos da Romênia têm o direito de receber pagamento de benefícios do sistema de bem-estar social da Suécia.

Ainda assim não é apenas a ausência de leis que tratam dos pedintes de esmolas e da abundância de benefícios do sistema de bem-estar social que fizeram com que a Suécia se tornasse tão estimada entre os mendigos ciganos, ou como ela é chamada na linguagem politicamente correta sueca: "cidadãos vulneráveis da EU". Os ciganos logo perceberam que os suecos se sentiam constrangidos quando viam pessoas pobres, consequentemente se sentiam compelidos a colocar dinheiro nas canecas dos mendigos. A típica reação sueca é: "obviamente ninguém optaria por livre e espontânea vontade a se rebaixar a ponto de pedir esmolas, todo mundo quer trabalhar e se sustentar. Não é justo nós termos tudo e eles sofrerem tanto".

O problema é que isso simplesmente não é verdade. Durante séculos mendigar tem sido um "meio de vida" totalmente aceitável para os ciganos e, levando-se em conta que os suecos são tão generosos, os mendigos ganham muito mais pedindo esmolas na Suécia do que trabalhando em seus países de origem.

O etnólogo sueco Karl-Olov Arnstberg realizou uma pesquisa bem abrangente sobre a cultura cigana. Em um post de blog de agosto de 2014, ele escreveu sobre a maneira que os suecos tendem a avaliar os ciganos como vítimas:

"A maneira de ver as coisas mencionada acima é generalizada na Suécia, especialmente nas elites culturais e detentoras de poder. Como etnólogo e cientista que estuda os ciganos, eu tenho que discordar. Se você me perguntasse, eu diria que é uma forma profundamente etnocêntrica de ver as coisas, calcadas não apenas na ignorância, mas também na hostilidade no que diz respeito ao conhecimento. Se eu me dispusesse a utilizar a força e o linguajar moralizante das elites culturais – também não deixaria de ser profundamente racista. A razão é que isto pinta um quadro dos ciganos como vítimas. Portanto, se há vítimas, consequentemente também deve haver criminosos e naturalmente os criminosos somos nós.

"Talvez não exatamente você e eu e não nós suecos, mas nós fazemos parte da civilização Ocidental que oprime e discrimina os ciganos. Dito isto, temos a imagem que nós (os vencedores) estamos muito acima dos ciganos que estão lá embaixo (os perdedores). Nós somos melhores e eles são inferiores. O conceito básico do racismo é precisamente este: nós ocidentais e suecos somos muito superiores (mais inteligentes) e os ciganos são inferiores (burros). Se esta linha de pensamento, envolvendo criminosos e vítimas não é racista, então eu não sei o que é. Poder-se-ia acrescentar que a imagem é invertida nos ciganos. Eles se consideram superiores e inteligentes, ao passo que os gadjo (não ciganos) são idiotas, ingênuos e crédulos".

A análise de Arnstberg também é bem parecida com o que os romenos costumam dizer. Em abril de 2015, a emissora pública de comunicação Sveriges Television entrevistou Florin Ivanovici, diretor da organização de ajuda humanitária Life and Light Foundation, na capital romena Bucareste. Ele ressaltou o seguinte:

"Nossa veemente recomendação é a de não dar dinheiro aos mendigos. Dar esmola transforma a mendicância em profissão; na Romênia os filhos ficam em casa, abandonados e não raramente faltam às aulas quando os pais não estão presentes. Dar esmola incentiva uma vida sem futuro; mudar de um país para o outro não irá resolver o problema deles".

No ano anterior, Ivanovici esteve em Estocolmo e entrevistou seus compatriotas ciganos:

"Nós entrevistamos mendigos e quase todos disseram que prefeririam estar na Romênia se pudessem. No entanto muito deles disseram que ganhavam cerca de €1.000 (aproximadamente US$1.100) ao mês (mendigando na Suécia). Considerando-se que o salário médio na Romênia é de US$450 a US570 ao mês, mendigar na Suécia é mais rentável do que trabalhar na Romênia".

Muitos dizem que a mendicância é organizada, que gangues recrutam mendigos na Romênia, os enviam à Suécia, designam uma esquina e tomam a maior parte do dinheiro. Ivanovici, no entanto, não acredita que a norma seja esta: "os ciganos vivem em grupos, se alguém arrecadar €1.000 ao mês em Estocolmo, fruto da mendicância, a notícia chegará rapidamente à aldeia de sua terra natal. E isso estimula mais pessoas a se porem a caminho".

O maior problema no tocante à mendicância dos ciganos na Suécia é o lugar onde eles se instalam. Os ciganos estacionam seus trailers e montam suas tendas em parques, áreas arborizadas e terrenos baldios, onde vivem em miséria extrema – pelo menos segundo os padrões suecos.

O maior e mais fragoroso assentamento cigano se localizava em Malmö. Em 2013 um grupo de ciganos simplesmente começou a se comportar como grileiros ocupando um terreno baldio de cerca de 9.200 m2 de uma antiga área industrial no centro da cidade. Foi o início de um processo que iria se arrastar por quase dois anos, no qual a Cidade de Malmö utilizou todos os meios disponíveis para fechar o assim chamado Campo Sorgenfri.

O terreno pertence a um cidadão comum, que planejava construir edifícios residenciais no local. Quando os ciganos invadiram o terreno, estacionaram seus carros e trailers e montaram barracos, o proprietário registrou queixa na polícia em relação à invasão. Em diversos países o caso teria sido encerrado aqui; a polícia simplesmente retiraria os posseiros e ponto final. Mas não na Suécia.

Não importa o quão ilegal é a ocupação, para que as pessoas sejam retiradas, a Autoridade Executora (Kronofogden) precisa saber o nome de cada uma das pessoas acampadas na propriedade. Como nenhum cigano tinha ou não queria mostrar a identificação, nada pôde ser feito. Para a consternação de muitos residentes de Malmö, o acampamento se transformou em um enorme assentamento onde vivem mais de 200 pessoas. Não havia água corrente nem sistema de esgoto na propriedade, montanhas de lixo e excremento humano se avolumavam dia a dia. Por fim, o perigo à saúde selou o destino do assentamento. O Conselho Ambiental de Malmö, no tocante à decisão que finalmente levou ao fim do assentamento, ressaltou em novembro de 2015:

"O Departamento de Meio Ambiente já havia proibido residir naquela propriedade particular. A situação sanitária no local implica em graves riscos para a saúde das pessoas que lá residem, além de afetar o meio ambiente no entorno devido aos detritos e à fumaça do fogo a céu aberto, entre outras coisas".

Em 3 de novembro de 2015, às quatro horas da madrugada, os policiais entraram no campo e por meio de escavadeiras e caminhões guindaste, demoliram tudo.

Até então, muitos ciganos já tinham ido embora, mas os que ficaram marcharam até a Prefeitura de Malmö para protestar sobre a decisão. Eles ficaram sentados em frente a prefeitura, acampados por dias a fio, para demonstrarem seu descontentamento. Os manifestantes ciganos foram fragorosamente apoiados pelos ativistas de esquerda, que exigiam que a Cidade de Malmö providenciasse moradia gratuita para eles. A limpeza e higienização do terreno teve início um dia após a demolição do acampamento; os servidores municipais encarregados do trabalho usavam roupas de proteção e máscaras cirúrgicas.

"As condições sanitárias estavam abaixo da crítica. É difícil de acreditar que pessoas viviam aqui" ressaltou Jeanette Silow, chefe do Departamento de Saúde Ambiental e Segurança de Malmö ao diário Kvällsposten.

Martin Valfridsson, "Coordenador Nacional para Cidadãos Vulneráveis da União Européia" da Suécia, apresentou um relatório sobre a saga no Campo Sorgenfri em 1º de fevereiro de 2016. Algumas das conclusões de Valfridsson: a Suécia não deve designar nenhum local específico para os ciganos se assentarem:

"Se forem disponibilizadas propriedades municipais ou privadas, no final surgirão novos problemas. A sociedade contribui para o restabelecimento de favelas que erradicamos diligentemente. Se alguém opta por vir para a Suécia, ele precisa viver aqui dentro da legalidade".

Valfridsson também salientou que não deseja proporcionar ensino para os filhos dos mendigos ciganos, exortando os suecos a não lhes darem esmolas: "eu não acredito que esmolas ajudem os mendigos a saírem da miséria no longo prazo. Francamente acredito que o dinheiro seria de maior serventia se fosse dado a organizações de ajuda humanitária em seus países de origem".

Pode soar cruel não dar esmolas a pessoas que estão na miséria total, contudo, de acordo com o etnólogo Karl-Olov Arnstberg:

"Quando se deposita dinheiro nas canecas dos ciganos, o que se está fazendo na realidade é sustentar uma situação que não consideramos justa para seres humanos. É como urinar nas calças porque se está com frio. Esquenta um pouco, mas resolve o problema somente por um instante. Além disso, se isso for feito com frequência, irá se tornar o jeito normal de combater o frio. Com efeito, eu sei que estou passando dos limites com esta metáfora, mas é bem assim que funciona com os ciganos. Eles irão mudar esse costume de receita econômica somente se for absolutamente necessário. Dito sem rodeios: se a mendicância for lucrativa eles continuarão miseráveis. Colocar algumas moedas em suas canecas resolve o problema menor, mas acentua a gravidade da situação. E ao mesmo tempo contribui para que o problema maior se torne permanente; a miséria. Se o objetivo for perpetuar a miséria dos ciganos, basta oferecer-lhes esmolas. Isso não ajudará os ciganos, apenas oferece uma oportunidade para você se sentir um boa praça".

O que Valfridsson, o "Coordenador Nacional", realmente pretende fazer em relação a esta situação, não está bem claro. Ele aludiu designar o governo do condado de Estocolmo com a responsabilidade de reunir dados regionais sobre a situação ao redor do país e de constituir um conselho consultivo. A Suécia e a Romênia assinaram um acordo de cooperação em junho de 2015, estipulando que a Suécia irá ajudar financeiramente a Romênia, de modo que os ciganos possam ter uma vida melhor naquele país, abstendo-se assim de viajar para a Suécia com o intuito de pedir esmolas. Um acordo semelhante foi fechado com a Bulgária em 5 de fevereiro de 2016.

Há alguns anos, a mídia sueca veiculou a mensagem segundo a qual os ciganos são fragorosamente discriminados em seus países de origem e, por conseguinte, são forçados a vir para a Suécia e pedir esmolas. É verdade mesmo que os romenos e búlgaros discriminam as minorias ciganas?

A verdade é que na Romênia os ciganos têm os mesmos direitos de acesso aos benefícios do sistema de bem-estar social que qualquer cidadão, mas as autoridades daquele país pós-comunista se atêm firmemente ao princípio de que esses benefícios devem ser uma ajuda temporária e não um meio de vida para a vida toda e, em consequência disso exige contrapartidas dos beneficiados daquele sistema.

Muitos também alegam que a União Européia piorou o problema dos ciganos. No período em que a Cortina de Ferro dividia a Europa, nem os ciganos, nem ninguém podia se dirigir para o Ocidente. Na realidade, no período comunista, os ciganos fizeram algum progresso. Os governos forçavam seus filhos a irem para a escola, recebiam moradias modernas e eram obrigados a trabalhar. Quando a Europa Oriental se livrou do comunismo, diversos países continuaram mantendo alguns programas para combater a criminalidade e a vagabundagem entre os ciganos. As famílias eram obrigadas a mandar seus filhos às escolas. A polícia rondava as áreas onde se encontravam os ciganos, tomava medidas restritivas com respeito ao casamento infantil, prática comum na cultura cigana.

Então veio a União Européia com seus poderosos representantes, que disseram: vocês deviam se envergonhar, vocês não podem discriminar as pessoas, isto é racismo. Posto isso, a Romênia teve que abandonar seus programas voltados para os ciganos e, desde então, o casamento de crianças disparou – de apenas três casos em 2006 (o menor número já registrado), para mais de 600 crianças ciganas casadas nos últimos anos.

A União Européia também forçou a Romênia a adotar uma espécie de "sistema de cotas", que garante aos ciganos preferência de emprego, escola, moradia e assim por diante. Apesar do marketing agressivo, o programa não teve os resultados esperados, aparentemente devido à relutância dos ciganos de participarem do gadjo, ou seja: atividades não ciganas.

No ano passado uma equipe de uma rede de notícias da Bulgária veio à Suécia para fazer um documentário sobre os mendigos. A filmagem revelou que há pessoas que organizam a mendicância; uma dessas pessoas falou abertamente, diante da câmera, revelando que está sendo processada por chantagear um mendigo que não tinha lhe trazido a quantia esperada. O homem também contou como se tornou "proprietário" de cinco esquinas no centro de Gotemburgo e disse também que o melhor local para a mendicância era em frente da Systembolaget (loja de bebidas do governo), onde ele colocou sua esposa.


No ano passado uma equipe de uma rede de notícias da Bulgária veio à Suécia para fazer um documentário sobre os mendigos ciganos da Bulgária e Romênia.


O homem negou que os mendigos trabalhavam para ele, alegando que todos faziam parte de uma equipe búlgara e que dividiam a receita entre si. A função dele era apenas "protegê-los" dos mendigos romenos que, segundo ele, iriam "espancar e afugentar os búlgaros", não fosse a sua assistência. Ele contou que os mendigos arrecadam entre 400 e 500 coroas suecas (US$50 a US$60) por dia e usam o dinheiro para comprar comida, cerveja e cigarros.

"Isso não é uma fraude", perguntou o repórter, "fazer de conta ser necessitado e usar o dinheiro para comprar cerveja e cigarros"?

"Não", respondeu o homem, "nós não estamos enganando ninguém. Estamos apenas nos beneficiando desta oportunidade".

As acusações contra ele foram retiradas.

Ingrid Carlqvist,é uma jornalista e autora radicada na Suécia e Ilustre Colaboradora Membro do Gatestone Institute
Nota: Para saber o que verdadeiramente ocorre na Suécia, no dia a dia do povo sueco, e na cultura sueca, eu recomendo que sigam a escritora e ativista Ingrid Carlqvist no link abaixo. Facebok:https://www.facebook.com/ingrid.carlqvist?fref=ts&pnref=story

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