Speisa, 30/05/2016
“Em Eskilstuna é muito difícil para os muçulmanos dizerem se são contra o Estado Islâmico”, diz um político de Eskilstuna ao DN.
O sentimento de que nós temos o dever de rejeitar o Estado Islâmico é algo bem distante”, diz Abshir Osman, a SVT Notícias Sormland.
Numa reportagem publicada no DN.SE nesse fim de semana, o jornalista Niklas Orrenius descreve como os partidários do Estado Islâmico em Eskilstuna e Orebro ameaçam outros muçulmanos, e como os pais desesperados veem os seus filhos viajando para a Síria para lutar pelo Estado Islâmico.
Uma das pessoas citadas na história pelo DN é um político, Abshir Osman, cujas atribuições são como sendo um moderado, tanto em Ekilstuna quanto na região de Sormland. Para ele, as ameaças vieram depois que ele levantou preocupações sobre o extremismo em uma entrevista de rádio há um ano. Desde então, ele tem recebido ameaças em várias ocasiões.
Eles têm jogado coisas, dizem coisas estúpidas para mim. Eu já não sabia se iria sofrer agressão, porque eu aprecio a democracia e a liberdade de expressão. Este é o caminho que resolvi trilhar.
Você conhece mais muçulmanos em Eskilstuna que foram ameaçados por partidários do Estado Islâmico?
Nós somos muitos. Normalmente, trata-se de pessoas que se manifestaram nos meios de comunicação e em fóruns de encontros. Eu ouvi recentemente sobre um caso.
Na entrevista do DN, Abshir Osman diz que ele ainda evita ir a certos bairros. Por temores de que alguém realmente queira mata-lo. A situação se acalmou um pouco, mas ele ainda evita certas partes da cidade.
Você está com medo?
Às vezes. Eu me sinto restrito quando eu não posso sair e visitar quem eu quiser. Eu tenho minhas opiniões e meus direitos de falar livremente e ninguém pode toma-los de mim, por isso levo a sério quando as pessoas tentam me calar.
Você fala como um muçulmano em Eskilstuna é mais difícil falar que você é contra. Isto para eles é tão ruim assim?
A sensação é de que você será atacado se você disser alguma coisa contra o Estado Islâmico. Essas forças querem dividir a sociedade em muçulmanos e não-muçulmanos. Eles pensam que é pior alguém como eu falando contra o Estado Islâmico do que um não-muçulmano. Portanto, eu estou sendo ameaçado. Eles esperam que eu fique do seu lado.
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