O Kremlin realizou, pelo menos, 12 exercícios militares a curto prazo ao longo dos últimos 2 anos |
ExpressUK, 28 de maio de 2016.
Por Tom Batchelor.
A Rússia está reunindo secretamente tropas na fronteira da Europa para realizar exercícios e treinamentos, afirmam os funcionários da OTAN.
O Kremlin está realizando vigorosos exercícios militares usando uma brecha legal para não convidar observadores internacionais, acreditam os especialistas.
A Rússia tem realizado pelo menos uma dúzia dos chamados exercícios militares a curto prazo, e sem nenhum aviso, ao longo dos últimos anos.
Os chefes de Defesa na aliança com sede na Bélgica temem que isso poderia ser uma fachada para preparações que levariam a uma aglomeração de tropas ao longo da fronteira da Europa.
Uma fonte da OTAN falou com o Express.co.uk e disse que a Rússia estava usando uma brecha legal para contornar o acordo de Viena e estabelecer um número de soldados em locais sensíveis às portas da Europa.
A fonte disse: “O que a Rússia está fazendo não é ilegal, mas é uma forma de contornar as regras”.
Temores em torno do programa secreto de Vladimir Putin para exercícios a curto prazo parecem ser justificados.
Em fevereiro de 2014, a Rússia lançou um “exercício de pressão” envolvendo 38.000 tropas perto da fronteira ucraniana.
Alguns dias depois, muitos desses mesmos soldados participaram da anexação da Criméia.
O Ministério da Defesa da Rússia realizou mais de 4.000 exercícios no ano passado – a maioria dos quais foram pré-anunciados.
Alguns exercícios russos envolveram mais de 150.000 soldados, e vários têm aparecido para serem incluídos em ataques nucleares simulados, de acordo com o secretário geral da OTAN, Jeans Stoltenberg.
Ele alertou em novembro que o ritmo de manobras e exercícios militares da Rússia estava “atingindo níveis nunca antes vistos desde o fim da Guerra Fria”.
A OTAN diz que a Rússia “deliberadamente evitou dar transparência militar e previsibilidade”.
O Documento de Viena de 1999 exige que os Estados participantes forneçam uns aos outros, informações sobre as forças militares, incluindo sistemas de armas convencionais mão de obra, e assim como planos de implementação e orçamentos.
Os signatários também são obrigados a comunicar-se entre si antes do tempo sobre os principais exercícios militares e permitir que até três inspeções de suas instalações militares sejam feitas a cada ano.
Porém, manobras sem aviso-prévio inserem-se no âmbito destes regulamentos, deixando estados párias livres para realizar enormes exercícios sem o escrutínio internacional.
A OTAN não realizou um exercício de pressão desde o fim da Guerra Fria e diz que está em conformidade com as suas obrigações legais, convidando observadores da Rússia para estarem entre a sua delegação estrangeira.
Essa última aconteceu em 2015, durante o exercício Trident Juncture em outubro – a maior em uma década.
Observadores russos também foram convidados para o exercício Anakonda na Polônia no próximo mês, quando 26.000 soldados liderado pelo exército polonês que com a cooperação da OTAN vão realizar exercícios militares [ênfase minha].
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