Não há necessidade de se preocupar. Apenas 70% das crianças paquistanesas vão a essas escolas. Enquanto isso, nossos filhos estão aprendendo a serem sensíveis a “microagressões” e evitam ideias impopulares com “discurso de ódio”.
“As crianças no Paquistão estão aprendendo coisas perturbadoras sobre outras religiões na escola”,
Christian Science Monitor, 31 de março de 2016.
Por Nafees Takkar,
Christian Science Monitor, 31 de março de 2016.
Por Nafees Takkar,
Nos últimos anos nas escolas aprovadas pelo governo, os estudantes estão usando livros que ensinam a hostilidade para com todas as formas de pensamento e de expressão – exceto a ortodoxia islâmica Sunita.
Os livros afirmam que cristãos, hindus, sikhs, entre outras crenças, e até mesmo grupos étnicos muçulmanos e de minoria judaica são inferiores, se não perigosos e devem ser combatidos. Eles muitas vezes apresentam imagens estereotipadas da história – as Cruzadas na Idade Média, funcionários públicos britânicos coloniais injustos, e agiotas judeus, ou de saqueadores Sikhs guerreiros – como se estes fossem assuntos atuais e representasse os pontos de vista populares no Ocidente e na índia de hoje.
Os textos também adotam argumentos fundamentalistas que indivíduos muçulmanos são responsáveis por tomar as medidas independentes contra aqueles que não são virtuosos.
Quase 70% dos estudantes paquistaneses frequentam escolas públicas, de acordo com o Centro de Pesquisa e Segurança. O Think Tank como sede em Islamabad salienta que as comissões do governo decidem sobre o conteúdo nos currículos.
“Os livros levam o leitor a um ponto de vista absoluto que impede os alunos a pensar criticamente e os leva a pensar de modo isolado”, diz Khadim Hussain, um escritor que vive em Peshawar e é um militante e diretor duma fundação educacional.
Em um texto de estudos sociais da sétima série, os alunos leem: “A história não tem paralelo ao tratamento extremamente gentil dos cristãos pelos muçulmanos. Ainda assim, os reinos cristãos da Europa estavam constantemente tentando ganhar o controle de Jerusalém.”.
Relações com os judeus são apresentadas em um texto da sétima série da seguinte maneira: “Algumas tribos judaicas também viveram na Arábia. Eles emprestavam dinheiro aos trabalhadores e camponeses com altas taxas de juros e usurpavam o seu salário.”.
Alunos da sexta série são ensinados que “os cristãos e os europeus não estavam felizes em ver os muçulmanos florescendo”.
Alunos da sétima aprendem a ler e são testados com material a partir de textos que ensinam as Cruzadas quase como se fossem assuntos atuais e oferecem uma visão muito estrita do Cristianismo, sem descrever a aprovação quase universal contra eles, em retomadas posteriores.
“Essas guerras são chamadas cruzadas porque o Papa é a cabeça dos cristãos e do chamado conselho de guerra”, afirma o texto. “Nesta reunião, ele declarou que Jesus Cristo sanciona a guerra contra os muçulmanos”. Lavagem cerebral?
Pelos alunos do 10º ano não aprender que o Jihad é apenas uma forma de luta interna para os fiéis, mas que “No Islã Jihad é muito importante. A pessoa que oferece a sua vida nunca morre. Todas as orações orientam-se de paixão pelo Jihad”.
Estes textos apresentam uma visão de mundo que não tem nada a ver com os estudos reais e o mundo real. Os textos que aparecem nas escolas públicas descrevem repetidamente os cristãos e judeus como inimigos do Islã”, diz Hussain.
Os líderes do Jamat-ul-Ahrar, a organização que reivindicou um ataque recente a Universidade Bacha Khan em Charsadda, uma cidade perto de Peshwar, conseguiu sua primeira educação de uma escola regular. O ataque em 20 de janeiro, que matou 21 estudantes e professores, tinha importância simbólica, já que a faculdade tem o nome dum líder pashtun conhecido pela filosofia de não violência contra o governo britânico.
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