O Papa Francisco comunicou que quer levar para o Vaticano refugiados que estão na ilha grega de Lesbos, onde está a fazer uma visita de solidariedade, afirmou uma fonte oficial grega.
Segundo a referida fonte, do organismo de coordenação da política migratória grego (SOMP), estes refugiados pertencem a "grupos vulneráveis" e "chegaram a Lesbos antes da entrada em vigor do acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia", que permite o reenvio dos migrantes para a Turquia.
A televisão pública grega ERT noticiou que os refugiados que o papa Francisco vai levar para o Vaticano pertencem a três famílias que estão no campo aberto de Kara Tepe e que foram escolhidas à sorte.
Segundo a agência de notícias grega, Ana, o Papa quer levar estes refugiados, uma dezena no total, a bordo do seu avião, quando partir hoje à tarde de Lesbos.
Entretanto, o SOMP ainda não confirmou estes pormenores.
O avião do Papa argentino aterrou hoje às 10:04 locais (8:04 em Lisboa), 15 minutos antes do programado, no aeroporto de Mytilène, capital da ilha, onde era esperado pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
"É uma viagem um pouco diferente das outras. Uma viagem marcada pela tristeza, uma viagem triste", afirmou o Papa durante o voo aos jornalistas.
"Vamos testemunhar o pior desastre humanitário desde a Segunda Guerra Mundial. Vamos ver tantas pessoas que estão a sofrer, que estão a fugir e não sabem para onde", afirmou.
"Também vamos a um cemitério, o mar. Tantas pessoas que nunca chegaram", afirmou ainda o Papa Francisco.
O Papa vai fazer uma visita de cinco horas à ilha, durante as quais vai estar com refugiados, acompanhado pelo patriarca ortodoxo Bartolomeu, pelo chefe da Igreja Grega, arcebispo Jerónimo II, e por Alexis Tsipras.
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