21 de abr. de 2016

NATO acusa Rússia de manter forças militares na Síria



O Presidente russo, Vladimir Putin anunciou a retirada das tropas envolvidas em operações militares na Síria, em abril

A Rússia mantém uma "presença militar considerável" na Síria apesar do anúncio da retirada parcial, disse hoje, em Ancara, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

"Apesar do anúncio sobre a retirada parcial, a Rússia mantém uma presença militar considerável de apoio ao regime de Al-Assad, na Síria", disse Stoltenberg.

O secretário-geral da NATO acrescentou que mesmo que o Presidente "esteja em dificuldades", o cessar-fogo continua a ser a "melhor base para a negociação de uma solução pacífica" do conflito.

O Presidente russo, Vladimir Putin anunciou a retirada das tropas envolvidas em operações militares na Síria, em março, poucos dias após o início das tréguas entre as forças do regime e da oposição.

As várias violações do cessar-fogo e a dramática situação humanitária no terreno marcaram as discussões mantidas em Genebra entre os representantes do regime de Damasco e os principais grupos da oposição ao Presidente Assad.

Os oposicionistas chegaram mesmo a anunciar que não podem continuar a manter os contactos ao mesmo tempo em que se registam mortes "todos os dias", nomeadamente em virtude dos bombardeamentos.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, com sede em Londres, pelo menos 44 civis foram mortos na terça-feira, vítimas das missões da Força Aérea da Síria na província de Idleb, no noroeste do país, controlada pela Frente Al-Nosra, braço da Al Qaeda na região do Levante

Congeladas depois da crise ucraniana, a NATO e a Rússia mantiveram "discussões francas", quarta-feira em Bruxelas sobre a Síria.


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