“M’khaitir pediu desculpas e disse que nunca quis insultar o profeta Maomé. O anúncio original de sua sentença de morte foi recebido com celebrações públicas.”. Celebrações públicas? Apologistas islâmicos no Ocidente nos dizem que no Islã não tem pena de morte por apostasia, e que Maomé era tolerante com insultos pessoais, mas muçulmanos em países muçulmanos se comportam constantemente como se fosse o contrário.
“Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor” (Alcorão 4:89).
Um hadith descreve Maomé como dizendo: “Quem mudou da religião islâmica, em seguida, mate-o” (Bukhari 9.84.57). A pena de morte por apostasia faz parte da lei islâmica de acordo com todas as escolas de jurisprudência islâmica.
Esta é ainda a posição de todas as escolas de jurisprudência islâmica, tanto sunita quanto xiita. Sheikh Yusuf Al-Qaradawi, o clérigo muçulmano mais famoso e proeminente no mundo, declarou: “Os juristas muçulmanos são unânimes que apóstatas devem ser punidos, mas diferem quanto à determinação do tipo de punião a ser infligida sobre eles. A maioria delas, incluindo as quatro principais escolas de jurisprudência (Hanafi, Maliki, Shafi’i e Hanbali), bem como as outras quatro escolas de jurisprudência (as quatro escolas xiitas de Az-Zaiditas, Al-Ithna-‘ashriyyah, Al-Ja’fariyyah, e Az-Zaheriyyah) concordam que os apóstatas devem ser executados.”.
Qaradawi também uma vez disse a famosa frase: “Se eles tivessem se livrado da punição de apostasia, o Islã não existiria hoje”.
Por Robert Spencer.
Sentença de morte para o blogueiro da Mauritânia.
BBC, 22 de abril de 2016.
Um tribunal de recurso na Mauritânia confirmou a sentença de morte dum blogueiro condenado por apostasia, referente ao seu caso perante o Supremo Tribunal.
Mohamed Cheikh Ould Mohamed M’khaitir foi preso em janeiro de 2014 por um artigo criticando aqueles que usam a religião como meio de discriminação.
M’khaitir pediu desculpas e disse que ele nunca pretendeu insultar o profeta Maomé.
O Supremo Tribunal pode perdoá-lo se o seu arrependimento for sincero.
O anúncio original de sua sentença de morte foi recebido com celebrações públicas, disse a agência pública de notícias AFP.
A última aplicação de pena de morte da Mauritânia foi em 1987.
O blogueiro, que está em seus trinta anos, tinha publicado um artigo no site do jornal Aqlame em dezembro de 2013, que foi mais tarde fechado, uma vez que foi considerado blasfemo para com o profeta Maomé.
Ele teria criticado o sistema de castas da Mauritânia, um assunto delicado em um país com divisões sociais e raciais profundas, e criticou aqueles que usaram a religião para marginalizar certos grupos.
Apostasia: significa o abandono da fé religiosa, e é considerado um crime em muitos países muçulmanos.