LDD, 07/03/2022
O pacote acordado com o Fundo exigirá aumento de impostos para cumprir as diretrizes fiscais trimestrais e anuais, mas os gastos públicos não serão afetados de forma alguma.
Fruto do acordo com o Fundo Monetário Internacional, o Governo vai continuar a apostar numa política fiscal altamente restritiva ao bolso das pessoas. O pacote acordado com o FMI visa continuar a aumentar a pressão fiscal, apesar de já ter atingido um recorde histórico.
O aumento de impostos surge quase como uma necessidade contábil incorporada aos objetivos implícitos do acordo. Foi acordada uma trajetória de redução gradual do déficit fiscal primário (sem juros da dívida), mas ao mesmo tempo foi estabelecida uma trajetória fixa para o gasto público que não implica em nenhum tipo de ajuste. Portanto, a única alternativa que resta para cumprir as metas fiscais é aumentar os impostos.