Gatestone, 25 de setembro de 2016.
Por Khaled Abu Toameh.
- Funcionários do Hamas e da Autoridade Palestina (AP) transformaram o atendimento médico em um comércio que rende centenas de milhares de dólares por ano. Esta corrupção permitiu a altos funcionários da Cisjordânia e Faixa de Gaza desviarem milhões de shekels (moeda israelense) do orçamento da AP.
- Em 2013 a AP gastou mais de meio bilhão de shekels para cobrir despesas médicas de palestinos que foram encaminhados a hospitais fora dos territórios palestinos. No entanto, ninguém sabe exatamente como o dinheiro foi gasto e se todos aqueles que receberam a documentação para o encaminhamento de fato precisavam de tratamento médico. Em um caso verificou-se que 113 pacientes palestinos tinham dado entrada em hospitais israelenses ao custo de 3 milhões de shekels, no entanto não há nenhuma documentação dessas internações. Até as identidades dos pacientes continuam envoltas em mistério.
- Hajer Harb, uma corajosa jornalista palestina da Faixa de Gaza, assinala que ela já está enfrentando acusações de "difamação" por expor a corrupção. Ela vem sendo recorrentemente interrogada pelo Hamas. O regime da AP, de sua parte, não está nada contente com o fato do vazamento ter vindo à tona.
- Os hospitais de Gaza estariam melhor equipados se o Hamas usasse o dinheiro ao seu dispor na construção de centros médicos em vez de túneis para contrabandear armas do Egito para atacar Israel.
Pergunta: o que os pacientes palestinos fazem para obter autorização para receber tratamento médico em Israel e em outros hospitais ao redor do mundo? Resposta: pagam propina a funcionários da alta hierarquia palestina na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Aqueles que não têm como pagar a propina são abandonados à própria sorte, amontoados, em hospitais mal equipados, falta de pessoal, principalmente na Faixa de Gaza.