Gatestone, 05 de setembro de 2016.
Por Khaled Abu Toameh.
- Quase 3.500 palestinos foram mortos na Síria desde 2011. Mas é justamente pelo fato desses palestinos terem sido mortos por árabes e não por israelenses que não são notícia na grande mídia ou motivo de interesse nos fóruns de "direitos humanos".
- Quantos jornalistas ocidentais se deram ao trabalho de procurar saber o que está acontecendo com os palestinos sedentos no campo de refugiados palestinos de Yarmouk na Síria? Será que alguém sabe que este acampamento está sem abastecimento de água há mais de 720 dias e sem energia elétrica há três anos? Em junho de 2002, 112.000 palestinos viviam em Yarmouk. Até o final de 2014 a população foi reduzida para um total de menos de 20.000.
- Nem o soar do alarme no tocante aos mais de 12.000 palestinos que estão definhando nas prisões sírias, incluindo 543 mulheres e 765 crianças. Segundo fontes palestinas, cerca de 503 presidiários palestinos morreram debaixo de tortura nos últimos anos e houve casos de presidiárias palestinas que foram estupradas por interrogadores e guardas da prisão.
- Quando jornalistas ocidentais perdem tempo reportando atrasos dos palestinos nos postos de controle israelenses e ignoram os barris de explosivos lançados pelo exército sírio em áreas residenciais, então chegou a hora de se imaginar qual o propósito de seu trabalho.
Parece que a comunidade internacional esqueceu que é possível encontrar palestinos em outras regiões que não sejam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Esses "outros" palestinos residem em países árabes como a Síria, Jordânia e Líbano e seu sofrimento obviamente não chama a atenção da comunidade internacional. Somente palestinos que residem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza chamam a atenção internacional. Por que? Porque são precisamente estes indivíduos que a comunidade internacional utiliza eficazmente como arma contra Israel.