Euronews, 03 de setembro de 2016.
A Turquia volta atrás nas ameaças de pôr fim ao acordo migratório com a UE (União Europeia), mas garante que não vai recuar nas suas polémicas leis antiterroristas.
Os representantes da União Europeia reuniram-se este sábado em Bratislava com o ministro turco para as relações com a UE, Omer Celik, pela primeira vez desde o golpe militar falhado de Julho.
Uma reunião num “clima positivo”, segundo os dois campos, depois da tensão dos últimos meses.
“Conseguimos assistir a Turquia de forma a que o estado de emergência em vigor no país seja compatível com os seus compromissos com os valores e princípios do Conselho da Europa. E também com os princípios e valores da União Europeia, enquanto país candidato à adesão”, afirmou a responsável diplomática da UE, Federica Mogherini.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco deverá viajar na próxima semana a Estrasburgo para discutir a supervisão dos processos contra os golpistas de Julho, por parte do Conselho da Europa.
Desde o golpe falhado que milhares de pessoas foram detidas no país entre militares, juízes, professores e jornalistas.
Sobre o acordo migratório, a Turquia afirma que não negociará um novo entendimento sobre o tema até que a UE não aprove a abolição dos vistos para os cidadãos turcos.
Bruxelas recusava-se até agora a avançar com a medida, ao não esconder as dúvidas sobre o estado de emergência e as leis antiterroristas aprovadas por Ancara.
Uma posição que parece ser agora mais flexível, face à importância do acordo migratório com Ancara para travar a vaga de migração que assolou no ano passado a fronteira oriental da UE.
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