A União Europeia (UE) e a NATO assinaram um acordo, esta sexta-feira, para reforçar a colaboração operacional, nomeadamente na cibersegurança e operações marítimas.
O acordo foi oficializada no primeiro de dois dias da cimeira bianual da Aliança do Atlântico Norte, a decorrer em Varsóvia.
Ao enviado da euronews, o analista do Centro para Análise de Política Europeia, Marcin Zaborowski, explicou que “existiam até agora querelas entre o Chipre e Turquia que paralisaram a cooperação entre as duas organizações, que têm praticamente os mesmos Estados-membros. Isso levou a uma duplicação desnecessária no uso de alguns recursos”.
Os membros da NATO estão reunidos em Varsóvia, para uma cimeira crucial, centrada nas tensões com a Rússia, mas que abordará também temas como a ameaça terrorista global ou os efeitos do “Brexit” no Reino Unido.
Na abertura do encontro, foi prestada uma homenagem aos soldados que perderam a vida em distintas missões da Aliança Atlântica.
O presidente polaco, anfitrião do encontro, frisou que “a estabilidade da região euro-atlântica depende da segurança para além fronteiras. Apesar de ser preciso manter o compromisso de defesa, é necessário reforçar a cooperação com todos os parceiros, tanto na vizinhança a leste como a sul. Não estamos rodeados de inimigos, estamos rodeados de desafios”.
Apesar da Ucrânia não ser membro da NATO, o presidente Petro Poroshenko também foi a Varsóvia, onde deverá ser recebido este sábado pelos líderes aliados. Os Estados Unidos apelaram à manutenção das sanções à Rússia até que seja completamente respeitado o acordo de cessar-fogo no leste da Ucrânia.
A Polónia faz parte dos países membros da NATO do leste da Europa que pediu uma presença militar permanente, outro foco de tensão com Moscovo.
Os operadores de telecomunicações russos vão passar a armazenar os dados dos utilizadores e o conteúdo das comunicações por um período que pode chegar aos três anos. A obrigatoriedade está prevista na lei antiterrorista promulgada, esta quinta-feira, pelo chefe de Estado russo.
A legislação aprovada, no final de junho, na câmara baixa do Parlamento está a ser fortemente criticada.
“Há certos artigos nesta lei que fazem lembrar a legislação de Estaline, nomeadamente, a redução da idade de responsabilidade legal para os 14 anos. Com Estaline podia-se ser executado por um pelotão de fuzilamento a partir dos 12. Como se pode punir pessoas com esta idade? Devíamos sim, protegê-las” refere o jornalista e historiador, Nikolai Svanidze.
Ao abrigo da nova legislação, não denunciar uma revolta armada ou um sequestro, por exemplo, passa a ser considerado crime, punível com pena de prisão.
Svanidze defende que “esta lei reforça o sentimento de medo que vai no sentido inverso aos compromissos da sociedade civil. Portanto, ou se afirmam estes compromissos ou o medo na sociedade. Por outras palavras, as pessoas perdem os hábitos de cidadania. Infelizmente, esta lei nada tem a ver com o terrorismo ou com a luta contra o terrorismo.”
Edward Snowden também já reagiu. O norte-americano que se encontra a viver Rússia desde 2013 fala de uma violação de direitos e de liberdades individuais.
Já a oposição russa denuncia aquilo a que chama de tentativa de “vigilância total.”
Os empresários russos afetados pela legislação alertam para um outro problema: o investimento exigido e estimam que muitas companhias venham a encerrar portas.
A Rússia acusou a Suécia de espalhar propaganda depois que altos funcionários da defesa expressaram preocupações sobre as atividades militares do país.
“Parem de usar os meios de comunicação suecos para criar tensão e assustar as pessoas com conversas sobre 'uma ameaça russa”, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo Maria Zacharova foi citada como dizendo, a Rádio Sueca em uma entrevista coletiva na quinta-feira.
“Infelizmente nós estamos vendo outra vez como a Suécia evita intencionalmente contatos com a Rússia e, em vez disso se engaja em propaganda”, acrescentou.
Os deputados do Partido Conservador elegem hoje os dois candidatos que vão disputar a liderança de David Cameron.
Na votação será eliminado um dos três candidatos restantes na corrida, mas a decisão sobre quem acabará por ser eleito virá das bases dos Tories.
Na corrida estão a Ministra do Interior, Theresa May que figura como favorita à sucessão de Cameron tendo recebido um esmagador apoio dos seus companheiros no Parlamento. Também a Secretária de Estado da Energia e Mudanças Climáticas, Andrea Leadsom, e ainda o ministro da Justiça, Michael Gove.
Espera-se que Gove, que fez uma campanha forte para os britânicos sairem da União Europeia, seja eliminado.
Ds dois candidatos restantes, possivelmente Leadsom ao lado de May, vão ser sujeitos a uma votação entre os 150.000 membros da formação nos próximos dias.
O anúncio do vencedor será feito no dia 9 de setembro.
A chanceler alemã critica a Rússia pelas ações na Ucrânia, mas reconhece que quer manter uma relação construtiva com Moscovo. Na véspera da Cimeira da Nato na Polónia, Angela Merkel sublinhou a necessidade de manter aberta a porta do diálogo com a Rússia e da Aliança Atlântica recuperar a confiança perdida no leste da Europa.