RTN, 02/05/2025
Por Cindy Harper
O silenciamento como estratégia foi o foco central de uma conferência onde a liberdade de expressão foi tratada não como um direito, mas como uma ameaça.
Na Conferência de Estudos sobre Supremacia Masculina, organizada pelo Institute for Research on Male Supremacism (IRMS), surgiram alguns dos apelos mais extremos à censura até agora, vindos de figuras que veem o discurso digital aberto como um problema a ser eliminado, e não um valor a ser protegido.
A professora da Virginia Commonwealth University, Dra. Kay Coghill, e Patrick Hermansson, pesquisador sênior do grupo britânico Hope Not Hate, defenderam abertamente a desplatformização agressiva como meio de silenciar pontos de vista divergentes — especialmente aqueles rotulados como conservadores ou “supremacistas”.
A Dra. Karlyn Borysenko, jornalista e comentarista independente, participou da conferência para documentar o que descreveu como um esforço deliberado para suprimir visões políticas opostas sob o pretexto de “combater o extremismo”. Segundo ela, o que presenciou não foi um debate cuidadoso sobre violência ou ameaças, mas sim uma defesa aberta da censura como arma política.
Coghill, falando com franqueza no evento, declarou:
“Acho que uma solução que realmente vai desestabilizar o capitalismo, honestamente, é desplatformizar as pessoas e tornar certos sites, fóruns, o que for, ilegais — e que existam consequências, consequências materiais de fato.”
Ela enfatizou ainda a necessidade de cortar completamente o acesso às plataformas digitais:
“Garantir que as pessoas não tenham acesso a esses sites e fóruns de mídia social que permitem perpetuar e espalhar essas informações nesses espaços digitais — porque é de lá que os jovens estão obtendo essas informações.”
Coghill também criticou a decisão de Elon Musk de restituir figuras anteriormente banidas da plataforma X (antigo Twitter), como o ex-presidente Donald Trump e Milo Yiannopoulos, sugerindo que, uma vez banidas, essas pessoas deveriam permanecer banidas permanentemente.
Patrick Hermansson, do grupo Hope Not Hate, que defende abertamente a desplatformização, admitiu que, embora essa tática continue sendo central para sua missão, sua eficácia tem diminuído.
“Passei toda a minha carreira fazendo desplatformização. É a principal estratégia que usamos,” afirmou.
Mas, com a multiplicação e descentralização das plataformas, ele reconheceu:
“Eles têm suas próprias plataformas e... é muito difícil controlá-los.” Hermansson lamentou a falta de pressão sobre as grandes empresas de mídia social para manterem as proibições agressivas e observou o crescente poder técnico e financeiro daqueles que são alvos dessas ações.
“Agora há tantas plataformas alternativas com grande alcance,” acrescentou Hermansson. “Mas essa está se tornando uma tática cada vez menos útil, porque não temos mais esse tipo de pressão para tirar as pessoas dessas plataformas.”
Borysenko, que já documentou outros casos de viés ideológico na academia, caracterizou a conferência como sendo menos sobre entender ideologias prejudiciais e mais sobre promover uma visão de mundo estreita — onde o simples desacordo é considerado perigoso.
Segundo ela, essas ideias estão se normalizando nos ambientes universitários, onde os estudantes estão sendo ensinados, cada vez mais, não a dialogar, mas a censurar.
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Fonte:https://reclaimthenet.org/male-supremacism-conference-endorses-censorship-and-deplatforming

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