BTB, 24/03/2025
Por Kurt Zindulka
Após Conor McGregor anunciar sua intenção de concorrer à presidência da Irlanda, promotores do país estariam avaliando a possibilidade de processar a lenda do UFC por suposta "incitação ao ódio", durante os distúrbios ocorridos em Dublin em 2023.
Após McGregor ser convidado pela administração Trump para a Casa Branca e, posteriormente, anunciar suas intenções de concorrer à presidência da Irlanda, o Diretor de Acusações Públicas (DPP) em Dublin estaria examinando publicações nas redes sociais do franco artista marcial misto em busca de possíveis acusações criminais, segundo o Irish Independent.
De acordo com o Irish Independent, o Diretor de Acusações Públicas (DPP) em Dublin, está analisando postagens nas redes sociais do polêmico lutador de MMA para determinar se há base para uma acusação criminal. A investigação teria sido iniciada após McGregor ter sido convidado pela administração Trump para a Casa Branca e, posteriormente, ter anunciado sua intenção de concorrer à presidência irlandesa.
Segundo o jornal, o Escritório Nacional de Investigação Criminal (NBCI) enviou recentemente ao DPP um dossiê policial sobre publicações feitas por McGregor em 2023. Caso os promotores decidam levar o caso adiante, o lutador irlandês pode enfrentar até sete anos de prisão com base nas rígidas leis de discurso da União Europeia.
Uma das postagens consideradas controversas foi feita na noite anterior aos distúrbios em Dublin. Em resposta à permissão para que refugiados ucranianos votassem nas eleições locais, McGregor escreveu: "Irlanda, estamos em guerra."
No dia seguinte, tumultos tomaram as ruas da capital irlandesa após um ataque a facadas em frente a uma escola primária, deixando três crianças hospitalizadas. O suposto agressor foi identificado como Riad Bouchaker, um migrante da Argélia, que atualmente aguarda julgamento por múltiplas acusações de tentativa de homicídio.
Diante das declarações de condenação ao ataque por parte de políticos irlandeses, McGregor respondeu:
"Não me importo com a declaração do presidente Higgins. Nem com a de Varadkar. Nem com a de Mary Lou. Nem com a da [ministra da Justiça] McEntee. Nem com a do comissário da Garda. Anunciem nosso plano de ação!! O que estamos esperando? Suas declarações vazias não resolvem absolutamente nada. Tomem uma atitude!! Corrijam essa situação IMEDIATAMENTE!"
No dia seguinte, o Sr. McGregor condenou a violência nas ruas, escrevendo: "Eu não aprovo nenhum ataque aos nossos primeiros socorristas em seu dever. Eu não aprovo saques e o dano a lojas. As cenas da noite passada não alcançaram nada para resolver os problemas que enfrentamos.
"Eu entendo as frustrações, no entanto, e entendo que uma ação precisa ser tomada para garantir que a mudança que precisamos seja implementada. E rápido! Estou no processo de organizar. Acredite, sou muito mais tático e tenho apoio."
Na semana passada, McGregor anunciou oficialmente sua intenção de concorrer à presidência da Irlanda. No entanto, ainda não se sabe se conseguirá entrar na cédula eleitoral, já que a legislação irlandesa exige o apoio de pelo menos 20 parlamentares ou de quatro conselhos municipais.
A imigração em massa, que transformou radicalmente a Irlanda nas últimas duas décadas — com mais de um quinto da população sendo formada por estrangeiros — provavelmente será um dos principais temas da campanha de McGregor.
No domingo, ele prometeu que, se eleito presidente, não assinará o pacto migratório da União Europeia, que prevê a redistribuição de migrantes entre os países do bloco.
"Vão me propor assinar o pacto migratório da UE para a Irlanda, mas eu me recusarei, como presidente, sem que isso seja votado pelo povo", escreveu ele na plataforma X.
"IRLANDA, NÓS SOMOS UMA DEMOCRACIA! O PODER ESTÁ NAS MÃOS DO POVO! Um voto em McGregor é um voto em si mesmo!"
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