21 de jan. de 2025

A CIA está silenciosamente usando IA para criar versões simuladas de líderes mundiais.





TB, 21/01/2025



Por Noor Al-Sibai



Família Espiã  

A Agência Central de Inteligência (CIA) está intensificando seus esforços no campo da inteligência artificial (IA) — incluindo uma aplicação surpreendente da tecnologia de chatbots.  

Segundo o The New York Times, a CIA está desenvolvendo uma plataforma que permite que analistas "conversem" com líderes estrangeiros, buscando prever como esses líderes poderiam reagir em determinadas situações.  

A análise de comportamento humano desse tipo sempre foi um trabalho essencial nos bastidores da agência. Em vez de compilar meticulosamente "perfis" de líderes mundiais baseados em informações públicas e inteligência reunida, os analistas agora participam de conversas simuladas com modelos de linguagem de grande escala (LLMs) treinados com dados semelhantes, presumivelmente extraídos de inteligência e outras fontes.  

O NYT não especificou quão formalmente esse chatbot foi implantado, nem quem ajudou no seu desenvolvimento. Contudo, uma entrevista com o primeiro diretor de tecnologia da CIA, o ex-responsável por IA no Pentágono, Nand Mulchandani, indica que essa falta de transparência é intencional.  

Mulchandani, um veterano do Vale do Silício, mantém em seu escritório um gráfico que ilustra todas as camadas de aprovação necessárias para que qualquer colaboração com o setor privado seja autorizada dentro da agência secreta. Desde lidar com questões contratuais até superar obstáculos em projetos, cada etapa exige uma quantidade impressionante de burocracia e discussões clandestinas — barreiras que a CIA reconhece estarem prejudicando seus esforços para acompanhar a inovação e rivalizar com a China, principal adversário tecnológico dos EUA.  

Dia de Treinamento  

O agora diretor de tecnologia foi contratado, conforme observa o NYT, para liderar uma mudança de paradigma dentro da CIA. Nos dois anos e meio desde sua chegada, Mulchandani aparentemente facilitou a colaboração de empresas privadas com a agência de inteligência — e, nas entrelinhas, parece ter guiado CEOs de tecnologia pelo labirinto burocrático.  

"Quanto mais compartilharmos sobre como usamos tecnologia, como adquirimos tecnologia, o que faremos com ela, mais as empresas vão querer trabalhar conosco e se aliar a nós", explicou Juliane Gallina, vice-diretora do braço de inovação digital da CIA, em entrevista ao NYT.  

Segundo Gallina, a agência está considerando desclassificar e "expor um pouco" de sua abordagem tecnológica secreta para facilitar a obtenção de contratos com o setor privado.  

No entanto, não há qualquer menção sobre se o público terá acesso aos bastidores do que está sendo financiado com seus impostos.  

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Fonte:https://futurism.com/the-byte/cia-ai-chatbots-leaders 

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