8 de dez. de 2024

OpenAI fecha acordo com contratante militar para fornecer IA para drones de ataque





TB, 06/12/2024 



Por Noor Al-Sibai



Dias de Drones  

A OpenAI firmou parceria com uma contratante de defesa que fabrica drones assassinos em enxame. O que poderia dar errado?  

Em um comunicado anunciando a parceria com a Anduril — empresa cofundada por Palmer Luckey, da Oculus VR, cujo nome é inspirado na espada brilhante entregue a Aragorn pelos Elfos em "O Senhor dos Anéis" — o CEO da OpenAI, Sam Altman, destacou a importância dos drones para a democracia.  

"A OpenAI desenvolve IA para beneficiar o maior número possível de pessoas, e apoia esforços liderados pelos EUA para garantir que a tecnologia sustente os valores democráticos," disse Altman. "Nossa parceria com a Anduril ajudará a garantir que a tecnologia da OpenAI proteja o pessoal militar dos EUA, e auxiliará a comunidade de segurança nacional a entender e usar essa tecnologia de maneira responsável, mantendo nossos cidadãos seguros e livres."  

Como afirmou Brian Schimpf, cofundador e CEO da Anduril, no comunicado, os modelos de IA da OpenAI ajudarão a empresa a melhorar seus sistemas de defesa aérea, tornando essencialmente os drones de batalha, já testados na Ucrânia, mais inteligentes e rápidos.  

"Juntos, estamos comprometidos em desenvolver soluções responsáveis, que permitam a operadores militares e de inteligência tomar decisões mais rápidas e precisas em situações de alta pressão," disse Schimpf.  

Mudança de Política  

Em entrevista à Wired, um ex-funcionário da OpenAI, que falou anonimamente para proteger sua identidade, afirmou que os modelos de IA da empresa ajudarão a Anduril a "avaliar ameaças de drones de maneira mais rápida e precisa, fornecendo aos operadores as informações de que precisam para tomar melhores decisões enquanto permanecem fora de perigo."  

Antes deste ano, a OpenAI proibia qualquer uso de seus modelos para "militar ou guerra" ou "desenvolvimento de armas." No entanto, após o The Intercept relatar em janeiro que essa política havia sido suspensa, a empresa anunciou em Davos que forneceria ferramentas de cibersegurança para o Pentágono — um momento revelador que, segundo fontes internas da Wired, desagradou os funcionários da empresa, mas não gerou protestos explícitos.  

Embora um porta-voz da OpenAI tenha insistido, em declaração ao MIT Technology Review, que a parceria "é consistente com nossas políticas e não envolve o uso de nossa tecnologia para desenvolver sistemas projetados para prejudicar outros," a empresa, uma vez que as tecnologias forem integradas, estará totalmente envolvida no setor bélico.  

No geral, parece que ajudar os criadores de uma empresa que vende drones de ataque a operar de forma mais eficiente, é um claro ponto fora da curva em sua política de não usar sua tecnologia para "prejudicar a si mesmo ou a outros."  

Artigos recomendados: OpenAI e DARPA


Fontehttps://futurism.com/the-byte/openai-deal-killer-drones

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