BTB, 24/05/2024
Por Simon Kent
A iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para firmar um tratado global sobre pandemias concluirá nesta sexta-feira, após semanas de reuniões a portas fechadas em Genebra, Suíça.
O término iminente do encontro anual dos 194 estados-membros da subsidiária da ONU está se aproximando, e é por isso que os organizadores desejam um acordo o quanto antes.
Os burocratas de saúde que conduzem as negociações devem relatar à Assembleia Mundial da Saúde — o órgão supremo de tomada de decisões da OMS — independentemente de terem ou não um texto finalizado para a assembleia considerar, segundo a AFP.
The House Freedom Caucus sent Biden a letter demanding he stand against the W.H.O.’s push for a “global pandemic treaty.” https://t.co/3l9IUel17X
— Breitbart News (@BreitbartNews) May 24, 2022
Grupos da sociedade civil que acompanham as negociações de fora do salão de reuniões parecem pouco entusiasmados com a possibilidade de um acordo iminente.
"Estão negociando, lutando entusiasticamente por uma conclusão rápida — mas isso não está acontecendo", disse K. M. Gopakumar, pesquisador sênior da Third World Network, à AFP.
Dando poucas chances de que as negociações sejam concluídas com sucesso a tempo, ele disse que acredita que os países provavelmente pressionarão para que as discussões continuem e para que haja mais negociações futuramente.
Críticos já acusaram a organização de extrapolação burocrática ao tentar controlar como o mundo responderá a futuras pandemias, nos moldes do surto de coronavírus.
‘Undermines Sovereignty’ — UK Rejects Signing W.H.O. Global Vaccine Treaty https://t.co/Wgn3DkuZvr
— Breitbart London (@BreitbartLondon) May 9, 2024
Mais de 125.000 pessoas apenas no Reino Unido assinaram uma petição exigindo um referendo sobre qualquer decisão de adesão ao chamado Tratado de Pandemias.
Outros sugeriram que os países poderiam optar por apresentar à assembleia um acordo preliminar e mostrar um acordo em princípio.
O esboço do acordo em andamento não está sendo tornado público, mas uma versão do documento até quinta-feira, vista pela AFP, mostrou que grandes seções já foram aprovadas. O veículo de comunicação observou ainda:
As principais disputas giram em torno de questões de acesso e equidade: acesso a patógenos detectados dentro dos países e acesso a produtos de combate à pandemia, como vacinas derivadas desse conhecimento.
Outros temas complicados são o financiamento sustentável, a vigilância de patógenos, as cadeias de suprimento e a distribuição equitativa não apenas de testes, tratamentos e vacinas, mas também dos meios para produzi-los.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já desanimou as expectativas de um acordo, dizendo que uma conclusão esta semana parecia "muito improvável", conforme relatado pela Breitbart News.
No entanto, Washington ainda estava trabalhando para garantir que "estejamos melhor preparados para a próxima vez", disse ele.
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