Nltimes, 02/04/2024
Tanto a Lituânia quanto a Estônia indicaram seu apoio nesta terça-feira ao primeiro-ministro interino Mark Rutte para se tornar o próximo secretário-geral da OTAN. Fontes dentro da OTAN disseram que Rutte agora conta com o apoio de 28 das 32 nações aliadas.
A Lituânia disse que apoiará a candidatura do líder holandês durante a visita de Rutte ao presidente Gitanas Nauseda. O chefe de Estado lituano disse que Rutte é "um daqueles políticos que reconheceram a ameaça russa muito cedo" e ajustou radicalmente sua posição de acordo com isso.
A Lituânia é considerada beligerante dentro da OTAN e da União Europeia quando se trata da luta contra a Rússia. O país báltico pediu as sanções mais severas contra a Rússia e disse que a Ucrânia deve receber o máximo possível de apoio militar, humanitário, financeiro e diplomático. A Lituânia compartilha fronteira tanto com a Rússia quanto com seu aliado, Belarus.
Rutte enfatizou durante a coletiva de imprensa com Nauseda que a OTAN defenderá as fronteiras territoriais de seu país. Ele também reiterou que os Países Baixos continuarão a apoiar a Ucrânia enquanto for necessário. Mais cedo no dia, Rutte visitou soldados holandeses atualmente localizados na Lituânia.
A Estônia também deu seu apoio a Rutte. A primeira-ministra Kaja Kallas anunciou sua posição na terça-feira. Anteriormente, ela fez comentários críticos sobre a candidatura de Rutte, apontando que os Países Baixos não atenderam ao padrão da OTAN para gastos com defesa. Ela também argumentou que um país do Leste Europeu merece uma chance de ser representado à frente da aliança.
Kallas disse acreditar que uma OTAN forte deve se concentrar na Rússia, aumentar os gastos com defesa e apoiar a adesão da Ucrânia. "Discuti isso em profundidade com Mark Rutte e ele se compromete com essas prioridades. A Estônia pode apoiá-lo para Secretário-Geral da OTAN", disse ela.
Muitos membros da OTAN já sinalizaram seu apoio a Rutte, incluindo os Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido. A nomeação deve ser unânime, mas o voto de Washington sempre foi decisivo no passado.
O outro candidato oficial é o presidente romeno Klaus Iohannis, que Rutte elogiou em uma reunião de líderes europeus no mês passado. A Hungria disse que não apoiará Rutte.
A primeira-ministra Kallas também parecia querer concorrer para suceder Jens Stoltenberg como líder da aliança atlântica, mas ela nunca oficialmente se candidatou.
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