RTN, 02/04/2024
Por Didi Rankovic
Governos cada vez mais querem introduzir varreduras faciais distópicas.
O governo da Irlanda está aproveitando todos os expedientes para promover a tecnologia de reconhecimento facial, apesar de grupos de defesa das liberdades civis expressarem sérias preocupações e fazerem algumas perguntas difíceis sobre a política.
Mas as autoridades irlandesas atuais não parecem perder tempo em estabelecer, mesmo que tênues ou até mesmo desagradáveis, conexões para impulsionar essa política.
Graças aos que estão no poder lá, os problemas de longa data da Irlanda continuam lançando sombras cada vez mais longas, algumas com novas e atuais conotações.
Nomeadamente, há agora controvérsia no país, ou pelo menos entre sua mídia e políticos mais proeminentes, sobre o membro do Exército Republicano Irlandês (IRA), Pearse McAuley, ter sido sepultado com seu caixão coberto pela bandeira nacional, apesar de ter sido considerado culpado de matar um policial.
A Ministra da Justiça da Irlanda, Helen McEntee, viu esta situação como uma boa oportunidade para tentar promover a agenda de usar ainda mais reconhecimento facial. Que momento melhor para dizer que isso é necessário para "investigar ataques contra os membros da Garda" – McEntee sem dúvida pensou.
A "controvérsia" do funeral de McAuley meio que saiu de controle, pelo menos no que diz respeito ao "pânico político" e à mensagens, atingindo, figurativa e literalmente, lugares distantes.
Isso foi desde McEntee e o Comissário da Garda, Drew Harris, comparecendo a um evento e fazendo comentários que vão desde condenar os arranjos funerários para o ex-membro do IRA, até advogar pelo crescimento da força policial além do que foi imaginado até agora, até citar uma cooperação de extradição com os Emirados Árabes Unidos – até, mais reconhecimento facial.
"McEntee anunciou que o uso da tecnologia de reconhecimento facial (FRT) na investigação de crimes estava sendo expandido para incluir ataques contra membros da Garda", disse a imprensa irlandesa.
Isso, mesmo que a polícia irlandesa claramente não tivesse problema em identificar McAuley como assassino de um policial – mesmo que não houvesse menção de que o reconhecimento facial desempenhou algum papel nesse processo há mais de 20 anos.
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