PP, 03/03/2024
Nas ruas, as versões indicam que a polícia, que parece estar retomando o controle da situação, também recolheu alguns cadáveres.
Porto Príncipe, 03 de março (EFE). Pelo menos uma dezena de pessoas morreram após o ataque à prisão civil de Porto Príncipe na noite passada por parte de gangues armadas, que teriam libertado vários criminosos importantes durante seu ataque à prisão.
A EFE conseguiu ver nos arredores da prisão os corpos de pelo menos 10 pessoas, algumas delas despedaçadas pelos cães, como resultado de uma noite marcada pela violência, sem que até o momento o governo tenha se pronunciado sobre a situação.
Tudo indica que, à medida que este domingo avance, o número de mortos devido ao ataque à Penitenciária Nacional aumentará.
Nas ruas, as versões apontam que a polícia, que parece estar retomando o controle da situação, também recolheu alguns cadáveres.
O Haiti, que hoje amanheceu em aparente calma, viveu momentos de extrema violência na noite passada, com intensos confrontos entre as gangues e a polícia e a entrada dos grupos armados na prisão civil, a maior prisão de Porto Príncipe.
Nas redes sociais, há vídeos mostrando como o poderoso chefe da gangue Village de Dieu, Izo, vigia através de drones sofisticados tanto a Penitenciária Nacional quanto o Palácio Nacional.
De acordo com as versões que circulam nas redes, o próximo objetivo dos grupos armados seria justamente o Palácio Nacional.
As gangues estão usando as redes para revelar seus planos de assumir o controle de todas as instituições do Estado, com o objetivo de derrubar o governo.
Até o momento, não há notícias sobre o retorno ao país do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, após participar da cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom) na Guiana e sua posterior viagem ao Quênia, onde tratou do envio ao Haiti da missão multinacional de apoio à segurança liderada por esse país africano e aprovada pela ONU em outubro.
Na sexta-feira passada, Quênia e Haiti assinaram em Nairóbi um acordo bilateral solicitado pelos tribunais do país africano para permitir o desdobramento de um contingente de 1.000 policiais dessa nacionalidade.
Desde quinta-feira, a violência aumentou no Haiti, depois que o primeiro-ministro das Bahamas, Phillip Davis, afirmou que seu colega haitiano, Ariel Henry, se comprometeu a realizar eleições antes de 31 de agosto de 2025.
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