CBN, 22/03/2024
Por Talia Wise
Uma artista cristã no Reino Unido está processando um conselho local depois de ser proibida de sua própria exposição, e denunciada à polícia por dizer que é prejudicial para as crianças tentarem mudar de sexo.
Victoria Culf foi informada por representantes do Conselho do Borough de Watford que a polícia a estava investigando por comentários críticos à ideologia transgênero, de acordo com o Centro Legal Cristão.
"Eles foram informados de que um 'incidente de ódio não criminal' havia sido registrado contra o nome da Sra. Culf sem o conhecimento dela", explicou a organização.
O incidente envolveu uma conversa iniciada com Culf por um funcionário do conselho enquanto ela montava uma exposição no Museu de Watford.
O funcionário compartilhou que seu filho estava em transição social, tentando obter bloqueadores de puberdade da Clínica de Identidade de Gênero de Tavistock, e que como família eles haviam sido endossados e apoiados por outras pessoas.
Enquanto fazia uma xícara de chá, Culf educadamente disse à mãe que, por causa de suas crenças cristãs e sua experiência trabalhando com crianças e jovens, ela acreditava que a transição era prejudicial.
"A verdade é uma pessoa e seu nome é Jesus", lembrou Culf de ter dito. "Sinto que é importante ser verdadeiro, mesmo que seja um pouco desconfortável."
Durante a conversa com o funcionário, ela acrescentou que "a desacreditada Clínica de Tavistock, que tem sido assolada por escândalos, deveria ser fechada" e que os bloqueadores de puberdade são prejudiciais às crianças.
"Não estaria sendo verdadeira comigo mesma se concordasse com você", disse ela ao funcionário.
Embora a conversa tenha terminado de forma calma e amigável, o funcionário do conselho compartilhou uma postagem irritada no X dizendo que ela havia sido "submetida" a um "ataque transfóbico".
O Museu de Watford informou a Culf no dia seguinte que havia alegações de "assédio" contra ela, e que ela não poderia entrar na exposição sem dar um aviso prévio de 24 horas porque o conselho tinha que "proteger" o funcionário do conselho.
Culf também foi informada pelo museu que a polícia estava investigando o incidente como um "crime de ódio" e que ela deveria preparar uma declaração.
"Quando recebi a ligação me informando que a polícia estava me investigando, fiquei tão chocada", lembrou a artista de 20 anos. "Tive medo de que a polícia aparecesse na minha porta a qualquer momento e me prendesse na frente dos meus filhos."
"Foi uma loucura completa para mim", acrescentou. "A conversa que tive foi calma e ponderada e expressei cuidado e preocupação pela família dela. O que não fiz foi endossar ali outra criança 'em transição' para outro suposto outro gênero apoiada pelos pais, por meio bloqueadores de puberdade da desacreditada Clínica de Tavistock."
Culf depois descobriu que suas obras de arte foram danificadas e que ela também foi excluída de um projeto de arte comunitária organizado pelo BEEE Creative, supostamente devido à pressão do conselho.
As autoridades locais retiraram as alegações de que os comentários de Culf constituem um "incidente de ódio não criminal" depois que o Tribunal Superior decidiu que registrar tais incidentes é uma "interferência significativa no direito à liberdade de expressão", e portanto, ilegal.
Culf, no entanto, está processando o Conselho do Borough de Watford sob alegação de violação de contrato, discriminação, assédio, má conduta no cargo público, negligência, intimidação, difamação, conspiração e falsidade maliciosa.
Ela está buscando indenização, um pedido de desculpas formal por escrito e a suspensão das restrições que a impedem de ir ao museu. Culf também está pedindo que uma retratação das alegações seja feita e entregue a todas as partes, e que o conselho se comprometa a garantir que nada semelhante aconteça novamente.
"Estou determinada a lutar por justiça e falar sobre o que aconteceu".
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