Reuters, 31/01/2024
DUBAI, 31 de janeiro (Reuters) – O grupo Houthi alinhado ao Irã, do Iêmen, afirmou nesta quarta-feira que continuará realizando ataques a navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no Mar Vermelho, denominando essas ações como atos de autodefesa, alimentando temores de interrupções de longo prazo no comércio mundial.
Em um comunicado, o porta-voz militar do grupo afirmou que todos os navios de guerra americanos e britânicos envolvidos na "agressão" contra seu país são alvos.
Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ataques contra alvos Houthi no Iêmen, e colocaram a milícia de volta em uma lista de grupos terroristas, à medida que a turbulência gerada pela guerra entre Israel e o Hamas se espalha pela região.
Os Houthi, que controlam as partes mais populosas do Iêmen, têm atacado navios no Mar Vermelho e arredores, alegando que agem em solidariedade aos palestinos na guerra de Gaza.
Esse conflito se espalhou para outras partes do Oriente Médio. O grupo Hezbollah, alinhado ao Irã no Líbano, trocou tiros com tropas israelenses na fronteira, e grupos armados iraquianos atacaram as forças dos EUA no Iraque.
Os ataques dos Houthi no Mar Vermelho adicionaram um elemento econômico à turbulência, visando o transporte marítimo na região.
Os Houthi dispararam mísseis contra o navio de guerra USS Gravely dos EUA, acrescentou o comunicado. Na noite de terça-feira, o comando central militar dos EUA afirmou que haviam derrubado um míssil de cruzeiro antinavio disparado do Iêmen em direção ao Mar Vermelho, sem relato de danos.
Os ataques dos Houthi têm como alvo principalmente navios porta-contêineres. Muitos petroleiros continuaram usando a rota.
Algumas empresas de transporte suspenderam a travessia pelo Mar Vermelho, acessado pelo Golfo de Aden, e optaram por viagens muito mais longas e dispendiosas ao redor da África para evitar ataques.
Os Houthi afirmam que persistirão com suas operações militares até que um cessar-fogo seja acordado em Gaza, e que alimentos e remédios sejam permitidos na região para amenizar uma grave crise humanitária.
Artigos recomendados: Houthi e Oriente
Nenhum comentário:
Postar um comentário