TX, 07/12/2023
O estado americano do Novo México entrou com uma ação na quarta-feira acusando o Facebook e o Instagram, de serem um “terreno fértil” para predadores que têm como alvo crianças.
O novo processo surge menos de dois meses depois de dezenas de estados dos EUA terem acusado a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, de lucrar “com a dor das crianças”, prejudicando a sua saúde mental e enganando as pessoas sobre a segurança das suas plataformas.
No total, mais de 40 estados estão processando a Meta, embora alguns tenham optado por entrar com o processo nos tribunais locais em vez de participar do caso federal.
“Nossa investigação sobre as plataformas de mídia social da Meta demonstra que elas não são espaços seguros para crianças, mas sim locais privilegiados para predadores comercializarem pornografia infantil e solicitarem sexo a menores”, disse o procurador-geral do Novo México, Raul Torrez, em um comunicado.
As crianças podem facilmente escapar das restrições de idade do Facebook e do Instagram mentindo sobre sua idade, acusou o processo, detalhando exemplos.
Uma vez nas redes sociais, as crianças são alvo do software Meta, que não apenas se esforça para mantê-las engajadas, mas também direciona material impróprio para elas, de acordo com o documento.
“O Facebook e o Instagram são um terreno fértil para predadores que têm como alvo crianças para tráfico humano, distribuição de imagens sexuais, aliciamento e solicitação”, argumentou o processo.
A denúncia citava o exemplo de um garoto de 12 anos que abriu uma conta no Facebook informando uma data de nascimento falsa, e foi rapidamente recomendado conteúdo relacionado a masturbação, nudez, escravidão e fetichismo.
“A exploração infantil é um crime horrível e os predadores online são criminosos determinados”, disse um porta-voz da Meta em resposta a uma investigação da AFP.
A luta da Meta contra predadores inclui o uso de tecnologia sofisticada, o emprego de especialistas em segurança infantil, a denúncia de conteúdo ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas e o compartilhamento de informações com outras empresas e agências de aplicação da lei, acrescentou o porta-voz.
A Meta desativou mais de 500 mil contas somente em agosto por violarem suas políticas de segurança infantil, de acordo com uma força-tarefa da empresa dedicada ao esforço.
As crianças vítimas de abuso online são uma questão polêmica para os reguladores, e as empresas de tecnologia estão ansiosas para mostrar que estão tomando medidas adequadas para proteger crianças e adolescentes.
Grandes empresas de tecnologia, incluindo Meta e Google, disseram no mês passado que se uniriam em um novo programa para combater o abuso ou exploração sexual infantil online.
No novo programa, denominado Lantern, as empresas compartilharão sinais de atividades que violam as suas políticas sobre exploração infantil, para que as plataformas possam agir mais rapidamente para detectar, retirar e denunciar conteúdos problemáticos.
O anúncio do Lantern ocorreu no mesmo dia em que um ex-engenheiro sênior da Meta disse em uma audiência no Senado em Washington, que os principais executivos, incluindo Mark Zuckerberg, ignoraram seus avisos de que os adolescentes não estavam seguros nas plataformas da empresa.
Zuckerberg é citado como réu na ação movida pelo Novo México.
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Fonte:https://techxplore.com/news/2023-12-lawsuit-meta-exposes-children-exploitation.html
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