OMS pede acordo pandêmico em 2024, após anos de problemas "causados pelo Covid"

Satanás enrolado em um bastão sob o globo se achando o dono do Mundo

IP, 26/12/2023 

O chefe da OMS disse nesta terça-feira que o mundo precisa se preparar adequadamente para futuras pandemias depois de finalmente encerrar três anos de “crise, dor e perda” da Covid.

Na sua mensagem de final de ano, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que 2023 marcou um ponto de viragem na luta contra os principais desafios de saúde, mas também trouxe “sofrimento imenso e evitável”.

Tedros apelou à intensificação dos esforços de socorro para a Faixa de Gaza, e instou as nações a selar um acordo pandêmico “monumental”, para colmatar as lacunas de preparação que foram expostas durante a pandemia.

Tedros declarou o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional em maio.

“Isto marcou um ponto de viragem para o mundo, após três anos de crise, dor e perdas para pessoas em todo o mundo”, recordou numa mensagem de vídeo. “Estou feliz em ver que a vida voltou ao normal.”

Após 10 meses, a OMS também suspendeu uma emergência semelhante para o mpox em maio de 2023, enquanto a agência de saúde da ONU aprovava novas vacinas para malária, dengue e meningite, disse Tedros.

Entretanto, o Azerbaijão, o Belize e o Tajiquistão foram declarados livres da malária.

Tedros também observou que os impactos das mudanças climáticas na saúde tiveram destaque na COP28, a última conferência anual da ONU sobre o clima, realizada há algumas semanas.

No entanto, “2023 também foi um ano de imensos e evitáveis ​​sofrimentos e ameaças à saúde”, acrescentou.

Tedros falou dos ataques “bárbaros” do Hamas a Israel, “seguidos pelo desencadeamento de um ataque devastador em Gaza”.

A guerra mais sangrenta de sempre em Gaza eclodiu quando o Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro e matou cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números israelitas.

Fizeram 250 reféns, dos quais 129 permanecem dentro de Gaza.

Israel lançou um extenso bombardeio aéreo e invasão terrestre. A campanha matou 20.915 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

“Os esforços de ajuda não estão nem perto de satisfazer as necessidades das pessoas em Gaza”, disse Tedros, sublinhando o apelo da OMS para um cessar-fogo imediato.

O ressurgimento da cólera, com um número recorde de mais de 40 surtos em todo o mundo, também é “especialmente preocupante”, acrescentou.

Ao encerrar o 75º ano da OMS, Tedros disse que, em termos de preparação e respostas emergências, permanecem lacunas na preparação do mundo para prevenir a próxima pandemia.

“Mas 2024 oferece uma oportunidade única para colmatar estas lacunas”, disse ele, com os países negociando o primeiro acordo global sobre ameaças pandêmicas.

“O acordo pandêmico está a ser concebido para colmatar as lacunas na colaboração, cooperação e equidade globais”, disse Tedros.

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Fonte:https://insiderpaper.com/who-urges-pandemic-accord-in-2024-after-years-of-covid-pain/