NTN24, 04/12/2023
A banda, que está na indústria musical há mais de cinco décadas e abriu um grande precedente no gênero rock, não quer que seu legado acabe.
A lendária banda de rock KISS ofereceu o último show de sua turnê de despedida 'End of the Road', que culminou 50 anos de turnê, no famoso palco do Madison Square Garden, em Nova York.
Os intérpretes de ' I Was Made For Lovin You' subiram a um dos palcos mais importantes do mundo para tocar suas músicas mais famosas, o que os levou a se tornar uma das bandas mais lendárias do rock e da indústria musical.
Com músicas como: 'I Loved it Loud' e 'Beth', seus integrantes deram um show cheio de nostalgia, em que se despediram dos palcos, porém, para os músicos, seu legado na música parece não ter acabado.
Paul Stanley (vocalista e guitarrista), Gene Simmons (baixista), Tommy Thayer (guitarrista) e Eric Singer (baterista) explicaram aos mais de 10 mil participantes que embora o grupo tenha conseguido muitas coisas, eles sentem que não é suficiente.
“O que conseguimos foi incrível, mas não é suficiente. A banda merece continuar vivendo porque a banda é maior que nós. É emocionante para nós dar o próximo passo e ver o KISS imortalizado”, disse o vocalista Paul Stanley.
Isto depois de se saber que a banda participou em sessões de captação de movimento na criação de avatares digitais, que procuram fazer com que a banda tenha uma “imortalidade digital”.
Gene Simmons expressou que isso fará com que o KISS nunca envelheça, portanto, “podemos ser eternamente jovens e icônicos nos levando a lugares que nunca sonhamos. A tecnologia fará Paul saltar mais alto do que nunca.”
A banda, que está na indústria musical há mais de cinco décadas e abriu um grande precedente no gênero rock, não quer que seu legado e sua marca acabem, por isso suas versões digitais permitirão que o universo que eles criaram possa permanecer em força.
Por isso, especificaram que a turnê é um fim para a banda, não para a marca Kiss. Uma marca que tem universo próprio e que tem feito milhões de fãs ao redor do mundo sentirem mais afinidade com a banda.
Simmons ressaltou que além dos avatares digitais, eles estariam contemplando a ideia de ter novas experiências como artistas usando a maquiagem característica da banda, além de roupas.
“O show do KISS viverá de maneiras diferentes. Haverá também de quatro a dez shows itinerantes diferentes. Então, você pode estar no Japão e ter atores e músicos japoneses sendo nós, e ao mesmo tempo você pode ir para Las Vegas ou Nova York ou Londres”, acrescentou.
Na indústria, o uso de avatares digitais é algo que está se tornando muito regular, principalmente para aqueles artistas que, embora estejam se aposentando dos palcos, não querem que seu legado morra.
O caso mais recente é o de outra lendária banda de rock 'The Rolling Stones', que vê a possibilidade de continuar a dar concertos mesmo após a morte.
O renomado cantor e compositor britânico, Mick Jagger, virou tendência nas redes sociais há algumas semanas após uma reflexão que fez sobre ‘The Rolling Stones’ ser a banda de rock mais antiga da história, algo que ele acredita que nem vai acabar com a morte dos membros.
O cantor de ‘Paint it, black’ destacou que acredita que os Rolling Stones podem se tornar relevantes mesmo que todos os integrantes do grupo morram, tudo com a ajuda dos famosos hologramas.
Jagger acredita que a tecnologia avançou tanto que quando todos os integrantes da banda não estiverem mais no plano terrestre, ela poderá ser usada para fazer shows de qualidade.
Para Mick, o exemplo mais claro e de maior sucesso que ele conhece é o do grupo sueco ABBA , que deu uma série de concertos digitais onde os cantores da lendária banda eram avatares que representavam os membros originais como eram em 1979.
“Agora você pode ter um negócio póstumo, certo? Você pode fazer um tour póstumo. A tecnologia percorreu um longo caminho desde aquela coisa do ABBA que eu deveria ir, mas perdi”, declarou o cantor de 80 anos.
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