BTB, 31/10/2023
Por Kurt Zindulka
O governo local de esquerda no País de Gales está se preparando para reconhecer legalmente os transgéneros masculinos biológicos como “mulheres”, de acordo com um projeto de legislação que vazou e que visa aumentar a representação feminina na política.
Um projecto da próxima Lei de Quotas de Gênero, que será apresentado pelo governo esquerdista do Partido Trabalhista Galês em Cardiff, procura determinar que metade de qualquer lista de potenciais candidatos parlamentares apresentada aos membros do partido deve ser composta por mulheres.
No entanto, de acordo com o The Telegraph, a legislação dizia que “mulheres transexuais” – homens biológicos que professam rejeitar o sexo com o qual nasceram – serão incluídas na cota para listas de candidatas femininas.
Uma pessoa transgênero foi definida como “uma pessoa que se propõe a se submeter, está passando ou passou por um processo (ou parte de um processo) com o propósito de reatribuir [seu] sexo ao feminino, alterando atributos fisiológicos ou outros atributos do sexo”.
Os planos foram criticados pelo secretário galês do governo do Reino Unido, David TC Davies, que disse: “Um dos meus maiores receios é que o plano tenha um impacto negativo nos direitos das mulheres em todo o nosso país. Esses direitos foram duramente combatidos e temo que possam agora ser minados pela política mal pensada do governo trabalhista galês.”
Tentativas semelhantes de alargar a definição de mulher na Escócia – quando a então primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, apresentou legislação para permitir que homens biológicos fossem alojados em prisões exclusivamente femininas – foram bloqueadas pelo governo britânico em Londres.
Woke Cops Allowing Criminals to Self-Identify as Up to 67 Genders on Official Records https://t.co/Q5RRm07y3h
— Breitbart London (@BreitbartLondon) May 29, 2022
O primeiro-ministro esquerdista galês, Mark Drakeford, há muito apoia a ideia de que “mulheres transexuais são mulheres”, argumentando anteriormente que o governo deveria “encontrar maneiras de promover a compreensão em vez do conflito, e de demonstrar respeito em vez de procurar a exclusão… para mim, a inclusão é absolutamente o que deveríamos almejar aqui.”
No entanto, os opositores à invasão dos direitos e espaços femininos criticaram o governo local do Partido Trabalhista Galês, incluindo a coordenadora galesa da Rede dos Direitos da Mulher, Cathy Larkman, que argumentou que isso “mina os direitos de metade da população do País de Gales”.
“Eles estão sequestrando a legislação que deveria beneficiar as mulheres e aumentar a participação feminina na vida pública, a fim de incorporar uma ideologia tóxica e misógina”, disse ela.
Larkman também argumentou que o governo galês descentralizado não tem autoridade legal para tomar tais determinações, dizendo que estão apenas “correndo um risco calculado de que ninguém se oporá a elas”.
Uma porta-voz do governo galês afirmou que o rascunho vazado não era a versão final do projeto de lei, no entanto, ela não especificou se a seção sobre pessoas trans seria alterada ou não.
“O nosso modelo proposto para quotas foi concebido para maximizar as hipóteses de alcançar um Senedd composto por pelo menos 50 por cento de mulheres. O trabalho está em andamento no projeto de lei”, disse ela.
Scots will now be able to identify however they like for the 2022 census, regardless of their legal or medical status https://t.co/1b9vqbJ0Yo
— Breitbart London (@BreitbartLondon) February 20, 2022
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