BTB, 22/11/2023
Por Simon Kent
O governo australiano de esquerda acolheu discretamente centenas de refugiados palestinos que chegaram nas semanas desde o ataque terrorista do Hamas em Israel, em 7 de outubro.
O Departamento de Assuntos Internos confirmou na terça-feira, que 860 vistos temporários foram aprovados para palestinos com conexões com a Austrália que buscam escapar da Faixa de Gaza até 20 de novembro, informa a ABC News.
A decisão de Camberra de aprovar as chegadas palestinas, ocorre num momento em que nenhum dos países árabes que afirmam amá-los como irmãos, está disposto a aceitá-los como refugiados, como informou o Breitbart News.
As preocupações de segurança com a perspectiva de admitir simpatizantes do Hamas são uma grande preocupação sobre o assunto, já que o porta-voz da oposição para a imigração, Dan Tehan, criticou o governo por não contar abertamente aos australianos sobre o esquema de vistos.
Farage Tells Tucker ‘Hamas Sympathisers’ Will Infiltrate Palestinian Refugees to the Westhttps://t.co/SyU42Fo2gY
— Breitbart London (@BreitbartLondon) November 1, 2023
“O governo precisa se manifestar, ser transparente e nos informr quais os processos que foram realizados, com que base o visto foi concedido e que verificações de segurança estão sendo realizadas”, disse ele à Sky News.
O vizinho Egito, o único país que faz fronteira com Gaza além de Israel, deixou bem claro que os refugiados palestinos não serão tolerados.
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) também rejeitaram aceitar mais palestinos como refugiados. Até o momento, nenhum país árabe o fez.
“Não há refugiados na Jordânia, não há refugiados no Egito”, declarou o rei Abdullah II da Jordânia no mês passado.
De acordo com a UNRWA, cerca de 1,5 milhões de palestinos já vivem em campos de refugiados na Jordânia, no Líbano e na Síria, e nenhum deles sente que tem capacidade – ou vontade política – para aceitar mais.
Enquanto isso, um homem com quem a ABC conversou já solicitou vistos de visitante australiano em nome de mais de 50 parentes em Gaza.
Ele disse ao meio de comunicação que os pedidos faziam parte de cerca de 300 feitos por uma comunidade palestina local somente em Sydney, tentando tirar suas famílias da região.
Num comunicado, um porta-voz do Departamento de Assuntos Internos disse: “A Austrália está fazendo tudo o que pode para apoiar os australianos, seus familiares imediatos e vários titulares de vistos de longo prazo que ainda estão em Gaza e que desejam partir”.
A mulher palestino-australiana Ola Aladassi disse à ABC que as pessoas que fugiam da dizimada Faixa de Gaza precisariam de apoio ($) assim que chegassem à Austrália.
“A maioria dessas pessoas vem para cá sem nenhuma documentação, sem nenhum dinheiro”, disse ela. “Eles vêm desta experiência muito ruim na guerra em Gaza… precisamos de ajuda para cuidar de todas essas pessoas.”
Ela expressou preocupação com a possibilidade de aqueles que receberam segurança na Austrália algum dia retornarem à sua terra natal.
“Essas pessoas podem ter garantia de voltar?” ela perguntou.
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