LN, 23/10/2023
Dadas as massivas denúncias de supostos atos de corrupção nos diversos ministérios e secretarias durante o governo de Mario Abdo Benítez, a Auditoria Geral do Poder Executivo, como órgão de controle interno. O processo de fiscalização já começou para identificar os atos puníveis. Na primeira fase, o processo foca nas dívidas milionárias contraídas com fornecedores e empreiteiros.
“Iniciámos as auditorias há duas semanas, especificamente focamos na área das dívidas que as instituições têm com fornecedores e empreiteiros, são auditorias minuciosas, pontuais. As dívidas referem-se às que estão registradas na contabilidade pública, e às não registradas que foram mantidas em cadastro paralelo”, disse Alberto Cabrera, auditor do Poder Executivo, em entrevista ao programa “É assim que as coisas são", transmitido pelo canal GEN e Universo 970 AM/Nación Media.
Cabrera indicou que atualmente as instituições auditadas são o Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC), o Ministério da Saúde Pública e Assistência Social (MSPBS) e o Instituto de Segurança Social (IPS).
“Acredito que emitiremos nosso relatório final em 30 dias, devido às normas internacionais de auditoria e às normas governamentais de auditoria podemos aplicar critérios seletivos, portanto a revisão não será 100%, o que será feito é a coleta de amostras representativas para poder analisá-lo”, afirmou.
Cabrera afirmou que uma vez concluída a auditoria emitirão recomendações e conclusões para cada constatação. Acrescentou que as recomendações podem ser de natureza administrativa, contabilística, financeira e jurídica caso sejam detectados atos puníveis como danos materiais.
A auditoria interna do Executivo surge paralelamente à fiscalização efetuada pela Controladoria-Geral da República, que resultou num relatório lapidar sobre irregularidades massivas detectadas em diversas instituições do Estado. Atualmente fala-se em uma escandalosa mordida em 4 milhões em detrimento dos cofres públicos.
O relatório emitido pela Controladoria-Geral é resultado de 4 mil auditorias correspondentes ao exercício de 2022, e ao primeiro trimestre de 2023. Entre as instituições onde foram registradas mais deficiências financeiras, que poderiam ser consideradas atos de corrupção, estão o MEC, MOPC, IPS, Ministério do Interior, e Petróleos Paraguaios (Petropar).
A lista de entidades continua com o Ministério da Justiça, o Ministério da Defesa Nacional, a Direção Nacional das Alfândegas, a Comissão Nacional de Jogos, a Direção Nacional da Aeronáutica Civil (Dinac), a Indústria Nacional de Cimento (INC), entre outras instituições.
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