RTN, 26/09/2023
Por Didi Rankovic
Houve um tempo em que o Brasil era considerado como tendo alguns dos melhores diplomatas servindo ao seu país na ONU como representantes da organização mundial, em todo o mundo. A sua missão era mediar crises reais e conflitos armados.
Certamente – não foi para servir os interesses políticos ou ideológicos de nenhum grupo de países e, certamente, para não se desviar da missão original da ONU e não ser infectado por algumas da ideias da “pandemia/infodemia”.
Mas esses tempos acabaram, e agora temos isto: Tovar da Silva Nunes (que é o representante do Brasil na ONU e membro do grupo que negocia o tratado sobre a pandemia da OMS), defendendo efetivamente o autoritarismo global. Em questões de saúde, pelo menos.
Nunes tem a distinção de ser citado em reportagens como defensor de considerar a divulgação de informações falsas sobre saúde e de intervenções médicas como “um possível crime”.
Não esses os mais corajosos do grupo, esses nossos “admiráveis guerreiros do novo mundo” – portanto, observe o qualificador “possível”. Ainda assim, Nunes está divulgando essa noção ultrajante para o mundo considerar e/ou se acostumar.
Esta demonstração desastrosa para a diplomacia do país emergiu das sessões da Assembleia Geral da ONU, especificamente, da reunião sobre Prevenção, Preparação e Resposta a Pandemias, realizada na semana passada na cidade de Nova Iorque.
A reunião foi convocada para “finalizar” o Acordo ou Tratado sobre a Pandemia, que será aplicável globalmente.
Ou assim esperam seus executores.
Aqueles que estão por trás da proposta não têm problemas em confundir as questões de uma pandemia real (digamos, uma pandemia mortal como a varíola ou a peste) com o que foi inventado como um termo e uma noção durante o susto de Covid, como descrito – “infodemia(s)”.
E esta última não é uma nota lateral ao suposto esforço geral para lidar melhor com “a próxima epidemia” – não, está claramente indicado a partir de múltiplas fontes que deveria ocupar um lugar de destaque.
Os próprios membros do Órgão de Negociação Intergovernamental (INB) da Organização Mundial da Saúde (OMS) da ONU, estão pressionando para que a “gestão da infodemia” se torne parte dos “artigos substantivos” do Acordo sobre a Pandemia.
Porém, como os anos do Covid demonstraram – é muito fácil censurar opiniões válidas de cientistas, médicos, jornalistas – simplesmente por não se conformarem com a narrativa aceita (às vezes, da semana).
Daí a apreensão dos defensores da liberdade de expressão em relação aos últimos desenvolvimentos. Mas o Embaixador Nunes não parece ser um deles.
“A divulgação de informações falsas sobre questões de saúde e intervenções médicas constitui tanto uma possível ofensa criminal, como uma violação do direito humano fundamental aos mais elevados padrões de saúde possíveis. A disseminação de desinformação durante a pandemia do COVID-19 resultou tragicamente na perda de milhões de vidas”, afirma Nunes.
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Fonte:https://reclaimthenet.org/brazils-un-representative-false-information-criminal-offense
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