BTB, 17/09/2023
Por Kurtz Zindulka
O chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, alertou neste domingo que o Ocidente deve fazer preparativos para uma “longa guerra na Ucrânia”, e declarou que “não há dúvidas” de que a Ucrânia acabará por aderir à aliança militar liderada pelos EUA.
Numa entrevista ao grupo de comunicação social alemão Funke, o político norueguês jogou um balde água fria sobre a ideia de que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia chegaria ao fim em breve.
“A maioria das guerras dura mais do que o esperado quando começam”, disse Stoltenberg segundo o France24. “Portanto, devemos preparar-nos para uma longa guerra na Ucrânia.”
“Todos desejamos uma paz rápida”, continuou o Secretário-Geral da OTAN. “Mas, ao mesmo tempo, temos de reconhecer: se o Presidente Zelensky e os ucranianos pararem de lutar, o seu país deixará de existir. Se o Presidente Putin e a Rússia deporem as armas, teremos paz.”
Os comentários vêm antes de outra visita planejada do presidente Volodymyr Zelensky a Washington na próxima semana, quando ele se reunirá mais uma vez com o presidente Joe Biden, bem como com membros do Congresso, para fazer lobby por ajuda militar adicional em meio à contra-ofensiva incipiente contra as forças russas fortemente entrincheiradas, que estão ocupando grandes áreas do território ucraniano no sul e na região de Donbass.
Segundo relatos, o Congresso está atualmente considerando – a pedido da administração Biden – mais US$ 24 bilhões em ajuda à Ucrânia, que se somariam aos US$ 113 bilhões dos contribuintes americanos já comprometidos para apoiar Kiev, no que se transformou em uma guerra por procuração com Moscou.
Half of POLITICO Letter ‘Foreign Policy Experts’ Calling for More Arms to Ukraine Tied to Arms Industry: Report https://t.co/AyNSH8Wke3
— Breitbart London (@BreitbartLondon) July 13, 2023
Além de prever um longo conflito, o Secretário-Geral Stoltenberg, cujo mandato no alto cargo da OTAN foi artificialmente prolongado no início deste ano, devido à guerra no Leste Europeu, proclamou que “não há dúvida de que a Ucrânia acabará fazendo parte da OTAN".
Na última cimeira da aliança militar ocidental em Vilnius, Lituânia, os líderes da OTAN concordaram que a Ucrânia poderia se tornar elegível para se tornar membro, no entanto, teria primeiro de promulgar reformas para cumprir os critérios de adesão à aliança.
Uma lista de “requisitos mínimos” estabelecida pelo Departamento de Estado Americano em 1997, dizia que os potenciais membros da OTAN devem demonstrar um compromisso de defender a democracia através da “tolerância da diversidade”, “demonstrando progresso” no sentido do desenvolvimento de uma economia de mercado, tendo uma “firme autoridade civil” militar, controle”, respeitando a soberania de outras nações, e mostrando que está “trabalhando para a compatibilidade com as forças da OTAN”.
É improvável que a aliança admita um país atualmente em guerra, uma vez que isso desencadearia imediatamente o Artigo 5 do tratado da OTAN, que determina que todos os membros saiam em defesa de outro Estado membro. Provavelmente também surgiriam questões sobre as disputas fronteiriças em curso entre a Rússia e a Ucrânia, dado que pequenos conflitos territoriais poderiam potencialmente desencadear uma guerra mundial, caso as fronteiras não fossem firmemente determinadas antes de a Ucrânia potencialmente aderir à aliança ocidental.
Até agora, Kiev rejeitou qualquer sugestão – mesmo de responsáveis da OTAN – de considerar a cessão de parte do seu território em troca de um acordo de paz com Moscou e a adesão à OTAN, prometendo, em vez disso, lutar até que as fronteiras do país de 1991 sejam totalmente restauradas.
Ukraine Does Not Meet NATO Membership Requirements, Says German Chancellor Scholzhttps://t.co/jksdEWWCfo
— Breitbart London (@BreitbartLondon) May 22, 2023
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