IP, 15/09/2023
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso notificou a França da expulsão do adido militar da embaixada por “atividades subversivas”, numa carta oficial vista pela AFP nesta sexta-feira.
O ministério disse que o adido Emmanuel Pasquier e sua equipe tinham duas semanas para deixar o país, que sofreu dois golpes militares no ano passado.
A carta acrescentava que a missão militar francesa em Ouagadougou seria encerrada.
A França, que retirou as tropas da sua antiga colônia face à crescente hostilidade depois da tomada do poder pelo capitão Ibrahim Traore em Setembro de 2022, rejeitou a acusação.
“A acusação de atividades subversivas é obviamente fantasiosa”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores à AFP em Paris.
A França chamou de volta o seu embaixador em Ouagadougou após o golpe de Setembro e não substituiu o enviado.
Desde a retirada francesa em Janeiro, o Burkina Faso desenvolveu contatos mais estreitos com a Rússia, um aliado da junta no vizinho Mali.
O empobrecido país sem litoral está nas garras da campanha jihadista lançada no Mali em 2015.
Mais de 17 mil civis, soldados e policiais morreram, segundo um monitor de uma ONG.
Mais de dois milhões de pessoas também foram forçadas a fugir das suas casas, criando uma das piores crises de deslocamento interno da África.
A revolta dentro das forças armadas levou a um golpe em 24 de janeiro de 2022, derrubando o presidente eleito Roch Marc Christian Kabore.
Em 30 de setembro, o inimigo de Kabore, o coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, foi deposto por Traore, de 34 anos.
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Fonte:https://insiderpaper.com/burkina-faso-says-expels-french-military-attache-for-subversive-activities/
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