TB, 11/09/2023
Por Maggie Harrison
Segunda onda
À medida que a OpenAI e o Google avançam na corrida contínua da IA no Vale do Silício, a Meta – sim, a empresa que se renomeou há apenas três anos para apostar tudo na mania tecnológica anterior do metaverso – parece mais determinada do que nunca em alcançá-la.
De acordo com novas reportagens do The Wall Street Journal, a Meta está desenvolvendo secretamente um novo e poderoso modelo de IA projetado para competir com o GPT-4 da OpenAI, a iteração mais avançada do modelo de linguagem grande (LLM) da empresa rival de IA até o momento.
Muito pouco se sabe sobre o modelo e, como relata o WSJ, os detalhes da IA – que, a partir de agora, se destina a “ajudar outras empresas a construir serviços que produzam textos, análises e outros resultados sofisticados” – ainda podem estar sujeito a alterações. Também é importante notar que esta não é a primeira incursão da Meta no território LLM; LLAMA-2, o tão comentado modelo de linguagem da empresa, foi lançado há apenas alguns meses.
Mas de acordo com fontes do WSJ, Meta espera que sua nova IA seja “várias vezes mais poderosa” do que o LLAMA-2 – um sinal, talvez, de que o LLAMA-2 não o está se postando totalmente como uma alternativa ao GPT-4, e que A Meta sabe que precisa aumentar seriamente sua aposta se quiser acompanhar seus concorrentes.
Onda de poeira
De acordo com o relatório, o modelo está sendo construído por uma equipe Meta – formada no início deste ano pelo fundador da empresa e chefe de longa data, Mark Zuckerberg – que foi inicialmente encarregada de acelerar o esforço da empresa para construir um sistema generativo de IA, capaz de “produzir dados semelhantes as expressões humanas”. Não prenda a respiração; a equipe supostamente planeja começar a treinar a nova IA no início de 2024 e, enquanto isso, em um esforço para expandir sua infraestrutura de suporte à IA, a Meta aparentemente tem estado ocupada adquirindo os cobiçados chips de computação Nvidia H100.
O relatório também observou que Zuckerberg tem pressionado para tornar o novo código-fonte de IA da empresa aberta – uma decisão que supostamente incomodou os advogados da Meta, que teriam levantado algumas preocupações válidas sobre ameaças, como a potencial violação de direitos autorais instigada pela IA e o uso de IA para gerar desinformação.
É importante ressaltar que a OpenAI não é o único grande concorrente da Meta. O Google também é líder no grupo faminto pela corrida do ouro, enquanto empresas menores, como a Anthropic, fortemente financiada pelo Google, também causaram grande impacto. Enquanto isso, a Apple está gastando “milhões de dólares por dia” para treinar sua IA.
E vale ressaltar que a Meta não é a única empresa com um novo modelo no horizonte. O próximo lançamento do Google, Gemini AI, atraiu grande expectativa e pode acabar destruindo o GPT-4. E se a Meta não colocar nada de novo e impressionante em mãos públicas antes disso? Tudo ainda está para ser visto, é claro, mas Zuck pode acabar ainda mais afundado na poeira do que esperava.
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