LDD, 22/08/2023
Apesar do Covid-19 não ser mais uma emergência de saúde e não ser mais classificada como pandemia, Biden revive a questão do coronavírus meses após o início da campanha eleitoral nos Estados Unidos.
O presidente Joe Biden anunciou nesta terça-feira que lançará um plano massivo para desenvolver uma nova vacina contra a Covid, com um fundo inicial de 5 milhões de dólares, apesar de o CDC continuar a recomendar as atuais vacinas desenvolvidas pela Pfizer e Moderna, como as principais melhor forma de prevenir a propagação do coronavírus.
As vacinas que estão disponíveis atualmente foram desenvolvidas graças à Operação Warp Speed, durante o governo Donald Trump, que destinou US$ 10 bilhões em plena pandemia para acelerar o processo de resposta dos laboratórios privados ao SARS-CoV-2.
Agora, seguindo a mesma linha, Biden lança o Projeto NextGen, para acelerar o desenvolvimento de novas vacinas, apesar de a pandemia ter passado e de não haver urgência na sua fabricação.
Além disso, Biden alocará US$ 1,4 bilhão em incentivos, incluindo US$ 1 bilhão para testes clínicos de vacinas em vários laboratórios, e US$ 326 milhões para a empresa Regeneron, para acelerar o desenvolvimento de um anticorpo monoclonal, que possa ajudar a prevenir a COVID-19 em pessoas que não respondem bem às vacinas.
Os US$ 74 milhões restantes irão para laboratórios menores que estão desenvolvendo outras tecnologias, como sprays nasais que protegem contra a infecção por coronavírus.
“Os ensaios clínicos para as vacinas melhoradas começarão já neste inverno”, disse Dawn O'Connell, secretária adjunta da Saúde e oficial nomeada por Biden para ser a nova face visível deste enorme programa estatal.
Enquanto isso, Biden também anunciou que considera tornar obrigatória uma nova dose de reforço para todos os trabalhadores nos Estados Unidos. No ano passado, um decreto determinou que todas as empresas com mais de 1.000 funcionários cumprissem o programa de vacinação completa, o que levou a demissões em massa daqueles que não queriam ser vacinados.
Além disso, a ordem foi estendida a todo o pessoal do Estado e serviços essenciais, incluindo policiais, bombeiros, médicos, enfermeiros, pessoal de saúde e educação, soldados, Guarda Nacional e Guarda de Fronteiras.
Todos os trabalhadores das áreas acima mencionadas que não receberam as doses originais foram despedidos à força dos seus empregos, algo que Trump prometeu remediar se se tornasse presidente. “Vou reintegrar todos os que foram despedidos injustamente por não quererem ser vacinados e vou compensá-los pelo que aconteceu”, disse ele no lançamento da sua campanha presidencial.
No entanto, parece que Trump vai ter de estender o perdão a todas as pessoas que agora não vão querer tomar uma dose de reforço, quando o COVID-19 deixar de ser uma pandemia e não houver emergência de saúde devido ao vírus.
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