BTB, 13/07/2023
Por Elaine Mallon
O ex-executivo do JPMorgan, Jes Staley, descreveu sua amizade com o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein como "profunda".
Anos de correspondência por e-mail entre Staley e o falecido Epstein foram examinados enquanto Staley enfrenta processos do JPMorgan e da investigação regulatória britânica, informou a Bloomberg.
Dois meses depois que Jeffrey Epstein foi registrado como criminoso sexual em 2011, Staley escreveu a ele um e-mail expressando sua gratidão por sua amizade.
“Você pagou um preço pelo que foi acusado”, escreveu Staley. “Mas nós sabemos o que você fez por nós. E contamos com você como um de nossos amigos mais íntimos. E a mais honesta das pessoas".
Staley trabalhou para o JPMorgan por mais de 30 anos até partir em 2013, e Epstein era cliente do banco desde 1998. Em 2004, Epstein ajudou Staley a conseguir uma participação de $ 7 bilhões em um fundo de hedge conhecido como Highbridge Capital Management. Isso impulsionou a carreira de Staley no banco.
Ao longo de seu relacionamento, Staley ficou em várias propriedades privadas de Epstein, incluindo seu infame retiro nas Ilhas Virgens Americanas, apelidado de “ilha do pedo”.
Enquanto navegava em seu iate com sua esposa e duas filhas, Staley enviou um e-mail a Epstein expressando seu amor pela ilha.
“Quando me aposentar, vou colocar um ancoradouro em frente ao seu cais para o meu barco. Lugar incrível”, escreveu Staley.
Em junho, Staley negou qualquer conhecimento de Epstein coagindo mulheres e meninas a fazer sexo com ele, informou a Reuters.
No entanto, em 2008, Epstein foi preso por 18 meses na Flórida por solicitar que uma garota de 14 anos fizesse sexo com ele. Em resposta à notícia, Staley lhe enviou um e-mail: “Sinto sua falta. O mundo é um lugar difícil. Mantenha-se firme."
O JPMorgan encerrou seu relacionamento com Epstein em 2013. O gigante bancário recentemente resolveu um suposto processo de tráfico sexual e pagou às vítimas de Epstein quase US$ 290 milhões, informou o Breitbart. O processo afirma que Epstein estava usando os serviços financeiros do banco para facilitar sua suposta quadrilha de tráfico sexual.
“Todos nós agora entendemos que o comportamento de Epstein foi monstruoso e acreditamos que esse acordo é do melhor interesse de todas as partes, especialmente dos sobreviventes, que sofreram abusos inimagináveis nas mãos desse homem”, afirmou o banco.
Em conexão com as acusações de tráfico sexual, Epstein foi encontrado morto em sua cela em 2019.
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