TB, 23/07/2023
Esta nova capacidade tecnológica no futuro pode eventualmente superar o desempenho do hardware existente puramente baseado em silício.
Assumindo o controle
Uma equipe de pesquisadores acaba de receber uma doação de US$ 600.000 do Escritório Nacional de Inteligência da Austrália, para estudar maneiras de fundir células cerebrais humanas com inteligência artificial.
Em colaboração com a startup Cortical Labs, com sede em Melbourne, a equipe já demonstrou com sucesso como um aglomerado de cerca de 800.000 células cerebrais em uma placa de Petri é capaz de jogar um jogo de "Pong".
A ideia básica é fundir a biologia com a IA, algo que poderia abrir novas fronteiras para a tecnologia de aprendizado de máquina para carros autônomos, drones autônomos ou robôs de entrega – ou pelo menos é o que o governo espera realizar com seu investimento.
Em sílico
E os pesquisadores não estão se esquivando de fazer algumas afirmações ousadas sobre seu trabalho.
"Esta nova capacidade tecnológica no futuro pode eventualmente superar o desempenho do hardware existente puramente baseado em silício", disse Adeel Razi, líder de equipe e professor associado da Monarch University, em um comunicado.
“Os resultados dessa pesquisa teriam implicações significativas em vários campos, como, mas não limitados a, planejamento, robótica, automação avançada, interfaces cérebro-máquina e descoberta de medicamentos, dando à Austrália uma vantagem estratégica significativa”, acrescentou.
De acordo com Razi, a tecnologia poderia permitir que a inteligência de uma máquina “aprendesse ao longo de sua vida” como as células do cérebro humano, permitindo que aprendesse novas habilidades sem perder as antigas, além de aplicar o conhecimento existente a novas tarefas.
Razi e seus colegas pretendem cultivar células cerebrais em uma placa de laboratório chamada sistema DishBrain, para investigar esse processo de "aprendizagem contínua ao longo da vida".
É um projeto altamente ambicioso que provavelmente levará algum tempo para ser concluído.
“Usaremos essa doação para desenvolver melhores máquinas de IA que repliquem a capacidade de aprendizado dessas redes neurais biológicas”, disse Razi. "Isso nos ajudará a aumentar a capacidade de hardware e métodos até o ponto em que eles se tornem um substituto viável para a computação in silico."
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Fonte:https://futurism.com/the-byte/scientists-working-merging-ai-human-brain-cells
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